quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O Lúpulo de Hallertau

A Placar desse mês veio com um anúncio que me chamou a atenção. Basenado no pressuposto que todo homem que gosta de futebol gosta de cerveja a marca PRIMUS, comprou duas páginas da revista. A propaganda em si não importa, o que chamou a atenção é um quadrinho, no meio das cores, cervejas e mulheres da propaganda.
O dito cujo diz "FEITA COM O LÚPULO DE HALLERTAU". E isso é frequente nas demais mídias da cerveja.
O que diabos é o lúpulo de hallertau? Será, que ao menos um terço das pessoas que bebem cerveja sabem o que é lúpulo? E pior, quantas pessoas sabem onde diabos fica Hallertau, seja lá se isso for um lugar. E a pergunta mais intrigante, porque eu, um simples mortal, me interessaria por uma cerveja que possuisse essa qualidade da qual eu não faço a menor idéia do signficado? A informação deveria ser completa, não adiante nada o lúpulo de Hallertau e o trigo de Cubatão. É estranho porque parece que ter o lúpulo de Hallertau é uma coisa que todos conhecemos, que saímos pela rua e falamos "Olha aquela gatinha! Ela é feita de lúpulo de Hallertau! É perfeita pra mim!"
Bom, do lúpulo eu só sei que tem em toda cerveja. Mas o Deus Google me diz que "trata-se de algo como o tempero da cerveja, ou seja, seu amargor. Ele é feito das pétalas da flor de lupuleiro, que é uma planta que cresce tipo parreira. Contudo, existem muitas variedades de lúpulo, bem como regiões produtoras."
De Hallertau, descobri que é uma região qualquer da Bavaria, e que começou a produzir o lúpulo primeiro e por isso, por essa tradição do "cheguei primeiro" tem a fama de produzir o melhor lúpulo do mundo. A PRIMUS pressupõe que todos saibam da informação. Coisa que eu descubro na terceira década de vida, com ajuda do Deus Google.
Além do que, o lúpulo de Hallertau pode ser realmente daqueles lúpulos que jamais se esquece, mas pode ter outros espalhados aí pelo mundo. Eu digo que quando o Botafogo ganha, o pessoal lá do bar que assiste o jogo exagera na cerveja, aí acaba a Brahma, a Skol, a Nova Schin e aí eles pedem a Primus. Estar atrás da Nova Schinem preferência é quase igual estar atrás do Ipatinga no Brasileirão. Façanhas para a Primus para o Fluminense e para o Vasco da Gama.
Já dizia o cara que bebe todos os dias ali no bar da esquina que mais importante que o lúpulo é ela estar gelada. E ele completa seu raciocínio, digno de um grande filósofo "depois de quatro cervejinhas, você nem vai lembrar mais do lúpulo e muito menos de onde vem ele vêm. Seja de Hallertau, de Neves, de Caxambu ou Cambuquira o melhor lúpulo é o que está na geladeira te esperando”.

PS 1. Utilizando da psicologia inversa o mesmo anúncio fala " Não acesse www.cervejaprimus.com.br " Ao contrário do lúpulo é uma boa sacada desrespeitar o anúncio.

PS 2. Em breve vou falar sobre um anúncio na revista TRIVELA. Para o fãs do Suriname, é sensacional.

PS 3- "O Lúpulo de Hallertau" parece nome de filme né? Quem propõe um roteiro?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Lipik

Já se diz por aí que o mal do mundo é esse tal de "politicamente correto". E de fato é. Por isso comédias que deixam o "politicamente correto" de lado tem me conquistado.
Minorias não sabem brincar, mas o Borat e o CQC tão aí pra isso.
E agora eu destaco o Lipão, ou o Lipik, que faz um trabalho bem legal com suas tirinhas. Se querem fugir desse marasmo de piadas politicamente corretas é só clicarem AQUI
Se você ta com preguiça e pensando que vai ser mais uma tirinha sem graça tipo Garfield eu me dou o trabalho de postar algumas que eu mais gostei por aqui.A propósito dois comentários. Pouca gente consegue trabalhar tão bem com o Hitler de forma humorística. E olha que o Lipão parece alemão e tem até parente germânico, além de adorar uma salsicha.
E não é só de Hitler que vive as piadas. Outros personagens incríveis com alergia a lactose, mania de destruir, loucos por bacon compõem o repertório.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

João.


Há pouco tempo, na saída do estádio, num dia em que vencemos ao nosso modo, desesperadamente, um homem de olhos injetados gritava: "Ninguém sofre mais do que eu! Ninguém sofre mais do que eu!"
Cada time tem seus usos. Ministros de Estado, capitães de indústria e generais-de-brigada fariam bem em ser um pouco Botafogo.
Mais cedo do que tarde, descobririam que os planos são instáveis, que as certezas são poucas e, principalmente, que o mundo não lhes obedece.
Do ponto de vista da profilaxia da alma, me parece que o ceticismo botafoguense é superior à convicção otimista flamenguista.
Se não por outra razão, ao menos por esta: cedo ou tarde todo mundo terminará enfrentando seu momento fatal.
Quem sabe não estaremos mais preparados? Ao longo dos tempos aprendemos a vencer - sabemos como é isso -, mas jamais nos iludimos quanto à fugacidade dos bons momentos, pelo contrário.
A lógica do pior nos ensinou que, mais dia, menos dia, a vaca voltará para o brejo, como de fato volta, apesar do que dizem os padres e os pastores.
Nessa hora será útil ter abandonado toda metafísica nas tardes/noites do nosso estádio.
Em dias de derrota, apenas trincamos os dentes, encaramos o abismo e não arredamos pé.
É sempre um ensaio para o futuro. - João Moreira Salles.

domingo, 24 de agosto de 2008

Beijing 2008


Picante pero saboroso mostra como a logo foi criada, clique aqui e se divirta.



E depois de dezessseis dias de espiríto olímpico imperando, mesmo que só de madrugada, chega ao fim a edição chinesa dos Jogos Olímpicos.
Três ouros, quatro pratas e oito bronzes. Até que não foi tão mal assim, apesar de presenciarmos em um mesmo fim de semana as façanhas brasileiras de o cavalo cair, o barco afundar e o ginasta cair sentado. De Brasil já basta, é só ligar em um dos milhares de canais olímpicos que você vai saber todo que aconteceu nesses dezesseis dias. Venho aqui, portanto, cumprir um trabalho jornalístico e destacar campanha peculiares de algumas nações peculiares nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008. E não é que a ilha do reggae, de Bob Marley e da cannabis virou uma potência esportiva? Se o brasil é samba, futebol e mulher, essa ilhazinha na América Central virou a terra do reggae, da cannabis e do atletismo.
Ao contrário dos Jogos Olímpicos de Inverno, onde a Jamaica jamais ganhou um bronzezinho (até porque neva sempre! rá!), e virou até roteiro no marvilhoso filme "Jamaica abaixo de zero", a Jamaica sai de Pequim como a 13ª maior nação do esporte, na frente de Espanha, Canadá e, obviamente, do Brasil. O curioso é que todas as SEIS medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze foram conquistadas em um único esporte, o atletismo. Impressionante o que esses caras e donzelas correm, destaque pro fenômeno Usain Bolt, que bateu o recorde mundial dos 100m e dos 200m e ainda teve tempo para dar uma zoadinha. O maior destaque é para a prova feminina dos 100m rasos. Começa a prova mais rápida do atletismo feminino e, em 10 segundos, já se vê que as três primeiras colocadas ostentam o verde e amarelo jamaicano. Uau, ouro, prata e bronze para essa ilhazinha, incrível não? Não. O incrível é que a segunda e a terceira colocada conseguiram fazer o mesmo tempo, assim a Jamaica, em 10 segundos, ganhou um ouro e DUAS pratas. Em 10 segundos de Olímpiadas ela conquistou medalhas que já a colocariam na 42ª colocação do quadro de medalhas, a frente de Bélgica, Suécia, Portugal e Grécia, que não conseguiram nada disso nas Olímpiadas toda. Depois dizem que maconha faz mal.
Ah! Dois dias depois, revezamento 4x100m feminino com as três corredoras jamaicanas e mais uma. Óbvio que viria mais um ouro para o Bob Marley não? A não ser que a quarta corredora não tenha uma perna. Eis que então as corredoras jamaicanas erram na hora de passar o bastão, deixam cair e perdem até para o Brasil. E olha que lá eles treinam essas coisas de passar a bola.Mulheres brasileiras olímpicas, ginastas brasileiros olímpicos. Botafogo, Atlético Mineiro, seleção espanhola de futebol. Todos têm uma baita fama de amarelar em momentos decisivos, mas em Pequim 2008, o prêmio de érder em horas decisivas ficou para a terra de Fidel Castro. Não me surpreenderia em nada se encontrasse Diego Hipólyto e as meninas do futebol juntos dançando ao som de Buena Vista Social Club, tomando um Mojito, enquanto fazem um charuto, tudo ao mesmo tempo já que são atletas.
As duas medalhas de ouro conquistadas por Cuba, no Atletismo e na bizarra Luta Greco Romana, merecem ser muito comemoradas, porque a zica tava grande. Foram nada mais nada menos do que ONZE medalhas de prata, e ONZE de bronze. Fica até feio no quadro de medalhas: Ouro (2), Prata (11), Bronze (11). No total, a ilha teve só uma medalha a menos do que o Japão, 8º colocado no quadro, mas pela sua incopetência na hora H, Cuba ficou com a 28º posição, atrás da Geórgia que ganhou mais medalhas mesmo sendo bombardeada.
Famosa pela tradição nas lutas, os cubanos chegaram a quatro finais no Boxe, perderam todas e três finais no Judô, e tomaram uma naba nas três. No lançamento de dardo, perderam o ouro por míseros 10 cm. E chega no último dia, e Cuba é imensamente favorita para mais um ouro, no Beisebol, onde sempre ganha, e tinha batido os EUA na semifinal. Nas cinco Olímpiadas anteriores cuba tinha 3 ouros e 2 pratas nesse esporte. E não é que eles conseguem perder para a Coréia do Sul? A imprensa cubana trata a derrota como a pior da história do esporte na Ilha.
Se Fidel viu, não gostou.Pouco se sabe sobre a Armênia. A menor das repúblicas soviéticas, ali perto da Turquia, quase na Geórgia fica esse país que tem a bandeira da Colômbia ao contrário. Pesquisando no Wikipedia descobre-se que a Armênia é uma potência mundial no Xadrez que, infelizmente para os armênios, ainda não é esporte olímpico, e se virar abre prescedente para o truco, pôquer, gamão, ludo e se bobear até Banco Imobiliário ou Jogo da Vida.
Destaquei a Jamaica e seus ouros, Cuba e suas pratas então a Armência fica com o bronze. O país teve seis medalhas nos jogos, o mesmo número da Argentina, o que para um paísico é sensacional. Seis medalhas, seis de bronze. O que rendeu a 79ª posição no quadro de medalhas e a primeira colocação entre os países que só ganharam bronze, como Formosa, com quatro bronzes logo atrás. Três no Levantamento de Peso, duas no Boxe e uma na Luta Greco Romana. Esses armênios são fortes, mas nem tanto né?





O destaque final vai para os mascotes. Alguém aí ouviu falar deles? Não, nem viu. O publicitário dos Jogos errou feio, não satisfeito com um, nem com dois, resolveram criar CINCO mascotes! Nem a Luísa Mel tem tanto bicho assim. Cinco, e o pior, assim como a escrita chinesa, eles se pareciam e tinham nomes impossíveis de decorar para os ocidentais, Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini, eis os nomes. Cada um é um animal: peixe, panda, andorinha, e pasmem, um antílope tibetano. Tem um outro que deve ser a fênix, mas parece mesmo a chama olímpica. Cada um é um elemento: Fogo, Água, Terra, Ar e pasmem de novo, a madeira. Capitão Planeta iria gostar. Juntos eles têm um outro nome, os "Fuwa", que em português quer dizer "Os Amistosos". Alguma semelhança com Teletubies talvez não seja coincidência.
Fato é que na China eles fazem um sucessozinho, tem até um desenho animado denonimado "The Olympic Adventures of Fuwa" que clicando no nome aí você pode ver a abertura, uma mistura de Pokemon com Ursinhos Carinhosos.
Na velha máxima de achar que é tudo japa, por mim eles erraram demais nesses mascotes. Botava o Pikachu e tava tudo resolvido.

Até Londres, Beijing Beijing, Tchau Tchau!

sábado, 16 de agosto de 2008

Os Quatro Dígitos

Hoje deixo toda carga esquerdinha e anti-capitalistazinha de lado para falar dos “quatro dígitos”.
Fui introduzido no conceito “quatro dígitos” por Amanda Horta. Amanda que, por sinal, anda por terras estrangeiras para se jogar e para botar uma experiência internacional no curriculum, para, obviamente, tentar um dia ganhar quatro dígitos, mesmo que seja sendo uma cientista social.
O conceito quatro dígitos é demais. Aliás, dígitos são demais. Qual a emoção de se encontrar uma nota de R$100? Além da raridade é pelo fato dela ter um dígito a mais, a tornando diferente, parecendo que os trejeitos daquela nota sejam completamente diferentes das de 50, 20 ou 10. Os dígitos, por serem 3, parecem menores, e envolvem aquele pedaço de papel em um misto de mistério e admiração. A foto que ilustra esse post é de quando, ao sacar dinheiro no banco no aeroporto de São Paulo antes de partir para a viagem, tive minha primeira nota de três dígitos. Mas to aqui é pra falar de quatro, afinal, qualquer bolsa de iniciação científica te dá três dígitos, ás vezes, sem muito esforço.
Ainda não tive a experiência de ganhar quatro dígitos ao vender minha força de trabalho por mês, mas já tive quantia suficiente para olhar meu extrato e ver, sorrindo para mim, quatro dígitos de valores variados. É uma sensação só... Com esses quatro dígitos fiz a minha viagem tão relatada aqui nesse blog e foi uma experiência que mesmo se um dia eu for agraciado com seis ou sete dígitos eu jamais esquecerei. A reflexão que proponho é, se com quatro dígitos juntados durante um ano, tive essa experiência, imagina a revolução que pode ser a vida de uma pessoa quando ela passa a ser reconhecido profissionalmente e passa a vender sua força de trabalho por quatro dígitos o mês?
A questão não é econômica, insisto. Independentemente do valor do primeiro dos quatro dígitos, ganhar quatro dígitos é ultrapassar barreiras, é uma fase da vida que você entra, e se for tiver um dedinho de esperteza, competência e/ou malandragem, nunca sai dessa. Quatro dígitos significa que uma cerveja é uma porcentagem irrisória no seu salário, que juntar dinheiro é uma coisa possível, mas se você não quiser com um mês de trabalho da para adquirir uma passagem aérea, que um motel fica muito mais divertido do que caro, que da até para fazer as refeições por lá.
As pessoas ignoram mas um emprego de quatro dígitos é um momento devia ser encarado como o primeiro pelo pubiano ou a primeira menstruação. È um rito de passagem.


P$ - Um parabéns de aniversário para quem ganha quatro dígitos agora!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Videomaker

Pouco a pouco vou descobrinado as vantagens de ter um lépitópi.
A maior delas é que pela primeira vez na vida tenho uma web cam.
A web cam, além de permitir conversas e outras coisas via msn, tem um negocinho que chama "Intervalo de tempo de vídeo". É uma forma de fazer os vídeos que, dependendo de fatores externos, até fica legalzinho. E que eu não vou explicar porque ou vocês já sabem ou vocês verão o vídeo e descobrirão.
Pois bem, apresento então meus dois trabalhos, feitos do modo mais amador possível, mas que enfim, eu curti.
(Não vou postar os vídeos aqui, demora. Custa nada cliclar e abrir no Youtube vai?)

Comentem.

POEIRENTO DO GUETO

Rio de Janeiro, férias de Julho, apartamento empoeirado em Ipanema.
Personagens: Milena, thalesche, Tulioca.
Trilha: "Cada macaco no seu galho" Caetano e Gil, Tropicália 2.

FÉRIAS DE JULHO
Belo Horizonte, férias de Julho, apartamento do thalesche.
Personagens: thalesche, Tulioca, Xandinho, Clarice, Arábia, Elisa e Dereco.
Trilha: "With a little help of my friends" Beatles, Trilha sonora do filme "Across the universe"

terça-feira, 29 de julho de 2008

Contradições do meu Brasil


Retirado hoje a tarde, do O GLOBO:

Motorista não pára no pedágio e atropela guarda municipal na Linha Amarela

Publicada em 29/07/2008 às 21h47m

Fernanda Pontes e Ediane Merola - O Globo e CBN

RIO - O guarda municipal Dostoiévski do Nascimento foi atropelado, nesta terça-feira, na Linha Amarela, por uma motorista que passou pela cancela do pedágio sem pagar. O Ford Ka (placa LCY-0170) dirigido por Luana Serralheiro Santiago atingiu o guarda, que foi jogado em cima do capô do carro. Segundo a Guarda Municipal, somente 150 metros depois, a motorista reduziu a velocidade, permitindo que Nascimento pulasse do carro, mas voltou a acelerar para continuar a fuga. Mas policiais militares conseguiram deter a motorista. O guarda contou que parou em frente ao carro e teria pedido para ela parar, quando Luana o atropelou. Ele sofreu apenas ferimentos no queixo e passa bem.

A motorista foi levada para 23ª DP (Méier) para prestar depoimento. Segundo a Guarda Municipal, a documentação do veículo está irregular e a motorista tinha a Carteira Nacional de Habilitação vencida. Ela também foi acusada de evasão ao pedágio (artigo 209 do Código de Trânsito Brasileiro) e por desobedecer a ordem do agente de trânsito (artigo 195), ambas multas graves com perda de cinco pontos e pagamento de R$ 127,69. A polícia civil disse que vai requisitar as imagens da Linha Amarela para saber exatamente o que aconteceu.

Então você sai do trabalho, estressado, e antes de chegar em casa para e toma um chopp, ou até dois, ou um chopp de 300ml e um garotinho, só pra não falar que você tomou dois. Pronto, tá preso, e ainda paga a bagatela de R$900 que vão ser utilizados em placas e campanhas de trânsito. Agora, se você passa reto por um pedágio, atropela um guardinha, ainda carrega ele em cima do capô por 150 metros, a la filme de ação, quebra o queixo do rapaz, ainda foge, e ta com a carteira vencida paga R$127 e vai pra casa tomar uma Fanta Laranja equanto a polícia da uma de São Tomé e espera as imagens para ver o que realmente aconteceu.

Ceeerto.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Texto escrito em 1º de abril.

Decidi dar-me 15 minutos. Começo agora e teno terminar em 15 minutos para tentar fazer o que venho querendo, mas não consigo a mais de dois meses: voltar a colocar palavras neste espaço cibernético.
O porquê da subita parada eu ainda não descobri, óbvio é falar que foi pelo fim da viagem. Mas enfim, tava gostando de escrever, das pessoas gostarem ou não, e, desde quando cheguei, tive muito mais tempo do que antes, quando o meu post era controlado por 20 minutos de internet nos albergues, ou calculados em minutos/pesos.
Poderia falar que foi pela falta de assunto. Mas também não. Nesse pouco mais de dois meses eu mudei de casa, entrei em uma banda nova, vivi emoções mil com o Botafogo e mais outras peculiaridades, daquelas que "só acontecem comigo".
A última desculpa seria a falta de tempo de lazer, já que, de um mochileirozinho que saia por aí, pela Sudamérica sem nenhum compromisso com o tempo/espaço eu virei um quase formado, que estuda de manhã, trabalha a noite e nas horas vagas tenta adquirir conhecimento futebolístico no intuito de virar um "especialista". Mas não é isso. A faculdade, em particular, ta me trazendo uma preguiça danada, que me faz querer mesmo é formar logo e partir por aí, com algumas idéias boas que ando tendo mas que só teriam valor se eu pudesse falar "Olá, me chamo Thales Machado e sou formado em História." De fato mesmo, to achando é bom empurrar com a barriga o que não me interessa tanto.
Bom, independentemente do porque, eu pretendo é escrever agora. Seja lá que for, seja lá sobre o quê. Quem puder, e querer, acho legal ler, comentar e essas coisas. Acontecendo ou não vou escrevendo por aqui. E olha que eu ainda tenho 3 minutos... vou ali tomar um café.

sábado, 12 de julho de 2008

Antes que o dia arrebente.


Ah se o mundo inteiro me pudesse ouvir, tenho muito pra falar das coisas que aprendi.
Não, não definitivamente isso me incomoda. Não vai ser o tom desse blo pós-viagem. E talvez fiquei quase um semestre sem aproveitar esse espaço aqui per medo de acabar impondo uma filosofia desse tipo no blog, coisa boba de pensar, já que quem impõe qualquer coisa aqui sou eu. Isso porque voltava de uma experiência que deveria mudar minha forma de ver as coisas, de sentir, enxergar o mundo. Não. Foi só uma viagem, muito divertida por sinal.
Prepotência demais achar que dois meses podem revolucionar a vida de alguém a ponto dele enxergar o mundo de outra maneira. Tu enxerga o mundo da maneira que foi construindo e se vive dois meses viajando passa a enxergar o mundo como alguém que viveu altos anos, ai viajou 2 meses, ai continua por aí. As pessoas tem manias estranhas, e acho bem piegas viajar e enxergar o mundo de outra maneira. Na verdade a mania estranha das pessoas (e eu me incluo) é querer viver intensidades, ou melhor, achar que as coisas tem que ser demasiadamente cheias de emoção, intensidade para que valham a pena. Se não, não conta. As pessoas tem mania de achar que a vida se regra por lembranças. Se você tem lembranças boas, mas sua vida ta um cocô, tudo bem, você está aproveitando a vida intensamente. Yeah!
Por enquanto, confesso que a minha forma de ver o mundo anda mudando. Como sempre andou, de vez em quando intensamente, de vez em quando não. E se bobear, da pra acompanhar por aqui, ou me chamando para uma cerveja, ou um encontro com o Rogério, ou até mesmo uma viagem dessas por aí.



P.S- Prometo ser menos mal humorado nos próximos posts, e com o tempo delimitar um tema (ou não) para esse blog.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Amanha, 12h15, Aeroporto de Confins.

"Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltandoPõe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de camaEu tô voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar
Porque eu tô voltando"


Isso ae. Daqui a pouco. Amanha ou depois, filosfias finais aqui no blog.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Welcome to the Jungle!


Isso aí.
Cá estou eu, em Santa Cruz, Bolívia. Última cidade de nossa aventura sudamericana.
Peripércia nao, mas foi bem interessante chegar aqui. Saímos as 7h da matina de Arica, Chile. Clima quente, calor, a ponto de nao precisar de casaco ,coisa que nao fazia ha uns 25 dias, e deserto. Muito deserto, é triste lá perto, voce olha para todos os lados e nao ve uma plantinha, uma corzinha, um verdinho, nada. Da tristeza, voce vai ficando cabisbaixo na viagem. Menos de 3 horas de viagem já estávamos de volta a Bolivia, e consequentemente ao caos, ao frio e a altitude. Parada para necessidades na estrada, comida ruim de estrada, e frio. Mas também paisagens sensacionais da janela do busao. Chegamos a La Paz num frio de 3900m, e aquele ar de altitude.
Nosso voo é dia 31 pela manha/madrugada. Nosso medo é que estando na Bolívia, tudo pode dar errado. Entao, nada de dormir em La Paz, vamos direto a Santa Cruz. Chegamos as 17h30 e tinha um BUS Cama as 18h30. Ok! Vamos nele! Por incrivel que pareça foi o melhor busao que eu entrei na minha vida. Em vez de 4 passageiros por fila só 3! E mais, a cadeira era gigante, com um espaco consideravel entre as poltronas que deitavam bastante e o melhor, a TV nao funcionava! Nao fui obrigado a ver filmes dublados em espanhol!
18 horas de viagem depois chegamos a selva. Sim, Santa Cruz é uma cidade grande, desenvolvida, mas os arredores parece que voce está na Amazônia, e o clima é das Amazônia, apesar de eu nunca ter ido por lá. Um calor melado, desagradavel, mas que enfim, ta me deixando feliz só porque estou aqui, perto do aeroporto Viru Viru, onde pego meu voo de volta.
A cidade nao tem muitos atrativos nao, soma se a isso o clima "mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está, estamos indo de volta pra casa" que toma conta da gente e a gente ta meio paradao, numa relax, numa tranquila, numa boa.
Resolvemos terminar meio classe A, e em vez de hostels, hostals, albergues, residenciais ou alojamentos, aproveitamos o preço baixo boliviano e nos hospedamos em um HOTEL! E dos bons viu... quarto grande, só pra nós dois, com banheiro e água quente privada, toalha, e o melhor para esses dias de tédio: TV a Cabo. Nao qualquer uma, além de HBO, e canais de nuita utilidade temos FOX Sports que transimite Cruzeiro x Cerro Porteño amanha, para alegria do Xanbin, e ó mais incrivel: a famigerada Rede Globo, que é a empresa contribuidora com grande parte do meu orçamento para essa viagem. Vi RJTV e GloboEsporte ontem, com direito a ver os gols do Fogao no fim de semana.
Nesse clima eu fico por aqui, morrendo a viagem onde o Che morreu, e com a ansiedade de ver umas pessoinhas por aí aumentando.
Amanha volto para considerçoes (semi) finais.


A proposito, a foto é antiga. Nao raspamos o cabelo, nao fizemos a barba, e nem vendem Skol na Bolivia. Se nao me engano a foto é do começo de 2005, quando tinhamos recem passado no vestibular.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Ultimas estorias

Sim, últimas. Tipo novela, quando começa a anunciar os tais "últimos capítulos" ai do nada, quando voce ve, a novela acabou e voce perdeu o ultimo capitulo.
Tudo comecou la em Arequipa. Um dos dias mais confusos e desesperdores da viagem. Por um momento ficamos sem saber o que fazer e querendo ligar para Mara Rita e Mariangela para pedir pra ela nos buscar.
La em Arequipa, cidade que nao conhecemos direito pela preguica que estamos de ser turistas a mais de 40 dias, pegamos nosso onbus rumo a Taca, 5 horas e meia de viagem, ate o sul do Peru, fronteira com Arica, nosso destino final, no norte chileno. A viagem ja comecou bizarra, a la America do Sul, com um cara vendendo caramelos, e logo depois pegando um microfoninho da maleta, dando as intrucoes iniciais, e, finalmente, fazendo um discurso demorado, de uns 25 minutos, sobre a saude bucal, e conscientizando a populacao peruana de que era importante cuidar da boca, que isso refletia na auto estima, na saude do etomago, etc. O cara era bom, interagia com a plateia que ficava acordada. Quando eu ja estava com um sorrizinho no rosto, achando muito legal o cara usar aquele espaco ali para tentar algum tipo de conscientizxacao legal na populacao peruana que carece de diversas conscientizacoes o cara me tira da maletinha um produtinho azul, que segundo ele era revolucionario no tratamento de gengivas e dentes. Era um trem azul, que era para ser aplicado junto com o fio dental. Detalhe que era um produto forte, que so poderia ser aplicado duas vezes por semana, o que me deu um pouco de medo. Custava 5 soles, cerca de 3 reais e pouco, e ainda ganhava uma escovinha de dente de carater conscientizador segundo o comissario vendedor. Como fio dental nao e o meu forte, e nao tenh muitas referencias sobre a odontologia andina, passei pra frente.
Logo depois comecaram os filmes que tem em todos os trajetos, cada um e uma surpresa e adivinha: um trilogia do grande governador Arnold Scwazneger, dublados, em espanhol. Tres filmes desse grande ator e a saudade do vendedor bateu.
Bem, ao som de tiros, hasta la vistas, fomos chegando. Sem antes passar por um posto do Ministerio da Agricultura so para ver se voce carrega frutas podres com voce, se nao, pode voltar pro onibus e pro Xuazineguer.
Bom, chegamos em Tacna e a preguica de ser turista foi ao limite. Milhares de taxistas, donos de onibus nos chamando pra ir com eles ate Arica e tal. FOmos no primeiro, ligamos o foda se, mas nao fomos felizes porque mais uma vez tinhamos que passar pela chata fornteira chilena. Juro que eu fiquei com medo dos cachorros ficarem cheirando minha mala. Folha de coca fede pra caramba, e, apesar da gente nao levar nenhuma, quando tinhamos elas ficavam guardadas junto com minhas cuecas, e todas elas estao fedendo oja de coca.
Dessa vez, alem de uma tempestade de areia no meio da fronteira, que fica no deserto, nada se passou.
Chegamos a Arica, e antes de instalaramos na cidade o plano era ja comprar a proxima passagem, para Salta, na Argentina. Ok, vamos la, essa empresa faz, essa tambem. Pergunta la Xandinho, quanto e. Ai a gente ve uma plaquinha dizendo que so tem onibus Sabado, Segunda e Quinta. Uai, entao se pa a gente vai hoje mesmo. E de repente a surpresa, so havia passagens para o dia 8 de fevereiro. Isso nos quebrou por completo. Tentamos todas as possibilidades, e em todas, tinhamos que passar por Salta, saindo do norte chileno, e para fazer isso so dia 8 de fevereiro. ¿E agora? Nao tinhamos nada pra fazer. Cogitamos tudo, pegar um onibus de 30 horas ate Santiago, e ficar repetindo o roteiro, ate um onibus de Arica ate Sao Paulo vimos. Chegamos a conclusao que qualquer coisa que acontecesse a gente ia gastar uma grana preta, e um tempo bom, pra ir nos mesmos lugares do comeco da viagem. Soma se isso ao cansaco do dia, ao cansaco da viagem que cada vez e maior e ai sim quis ligar pra minha mae e pedir para ela vir me buscar. Nao sabendo o que fazer vim para a gloriosa internet.
Varias opcoes testadas, nada que nos agradasse. Ate que, naqueles lances milagrosos de passagens aereas que me fazem lembrar o Didi, achamos uma passagem, em conta, de Santa Cruz de La Sierra, Bolivia, ate a nossa querida Belo Horizonte. Chegar em Belo Horizonte era tudo o que eu queria naquele momento. Cansamos, sentimos saudade, e nao aguentamos mais ser turistas.
Que isso nao desvalorize a viagem, que alias, afirmo que foi e esta sendo a experiencia mais incrivel de toda minha vida. Me sinto hoje mais vivo que antes, mesmo nao faznedo nada, mais parte do mundo, e sem prepotencias, menos doutor daquilo que nao vi, e podendo dizer algumas poucas coisas com uma pouca certeza.
Mas de fato cansamos. O turismo e a intensidade disso aqui cansa, e to apredendo que para coisas serem boas elas nao precisam ser vividas tao intensamente. Essa busca incessante pela intensidade e so uma desculpa nossa para os momentos comuns que nao sabemos aproveitar como deveriamos.
O Canion del Colca, ultimo tour que fizemos, e o maior da America do Sul, uma paisagem linda, mas que nao me impressionou tanto porque nesses ultimos 40 dias vi coisa linda demais. Quero agora aprender a aproveitar os momentos comuns, dar um abraco na minha familia e me sentir la em MachuPicchu, um beijo na Natalia que se pareca com o por do sol, comemorar um gol do Fogao com meu pai com a mesma felicidade de uma conversa legal com alguem de uma cultura tao diferente de mim. Quero comer um feijao tendo um extase tao grande como a bisteca de lhama.
A todos que sao radicalmente contra isso mil desculpas, mas tenho saudades da minha agradavel rotina e todas agradaveis interperies por qual ela passa. Uma delas ja vai ser agora, porque para os que nao sabem no meio de fevereiro vou mudar do gracioso lar da Rua Major Lopes. Vou ali pertinho, subindo a Vicosa, perpendicular, na rua daquele casarao branco, mais detalhes eu ainda nao sei. Mas que eu viva muitos MachuPicchus, Salares de Uyuni, Canions del Colca por la.
Ainda posto aqui, porque ainda nao acabou, mas dia 31/1 eu to chegando ai em Belzonte. Antes ainda tem La Paz de novo, e Santa Cruz de La Sierra. E eu que achava que nao veria altitude tao cedo...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A cidade perdida, cara e apaixonante dos Incas


De fato fica pra história.

Cusco é das cidades mais ricas em diversao, história, riqueza que eu ja visitei.

Nao bastasse a cidade cm suas construcoes Incas e coloniais, as ruinas que cercam a cidade sao sensacionais, desde a mais desconhecida Pisac a uma das 7 maravilhas do mundo moderno, a cidade que da titulo a esse post Machu Picchu.

Saimos aqui de Cusco amanha, sabendo que em 6 noites dichavamos, e bem, ela e as ruinas ao redor.

Primeiro passeio foi ruinas na propria cidade, construcoes coloniais, na maioria das vezes catolicas, e voce ja comeca a ficar impressionado com a inteligencia desses incas. De fato, eles botariamespecialistas do ICEX, da Engenharia no chinelo. No segudo passeio as ruinas perto. Nem tao impressionantes quanto Machu Picchu, mas imponentes e que valeram boas fotos, mais informacoes importantes, e serviram como um preparatorio para a cidade perdida.

Mas ai seurgem os problemas de quem é Classe C. A ideia era dormir em Aguas Calientes cidade aos pes das ruinas, so que a exploracao turistica e gigante.

Nao se chega a Aguas Calientes de carro, ou onibus. So de trem, ou a pe, pela Trilha Inca que custa uns 300 dolares, mais 4 dias de caminhada. Dai se entende porque ninguem decobriu Machu Picchu ate o secuo XX. O lugar e reament no mio do nada, no meio da selva, um lugr que nao chega carro. Mas a verdade verdadeira e que nao interess chegr carro la para o turimo peruno. O fato de so o trem chegr la limit o numero d visitantes, tanto numericamete como economicamente.

Ok entao, vamos de trem. Sao 110km, de Cusco a Machu Picchu, em demoradas 4 horas de trem. Fomos comprar e nada de passagem para nos. So na classe mais alta, com um psagem (so ida) em torno dos 12 dolares.Queriamos passagem para a Classe C do trem, chamada de Backpacker quy custvam meros 41 dolares. Nao tinha passagem para nos, meros viajantes, mas para as sempre atentas e explordoras da divero agenci de turismo s passagens eram muitas. Fechamos um pacote com uma delas incluindo ida e volta do trem Cusco/Aguas Calietes, traslado do hostel are a estacao, onibus Aguas Calientes ate a entrada do parque (ainda tem isso), o tocket de entrada no parque (40 dolares para quem vier futuramente) e um guia pela bagatela de 160 dolares para cada. Sim, inicialmente pensei em nao ir, afinal, e a grana equivalente a 6 dias de viagem. Fui, mas inicialmente MachuPicchu me deixou e MuchuPucho.

Depois de uma noitda que terminou pelas 4h da manha acordei meio gorogue e qundo me dei por mim j estava meio dormindo no tal trem. Na minha cabeca, por 41 dolares eu teria um bom conforto para recuperar o sono, mas nao, a classe C da Maria Fumaca de Tiradentes e bem mais agradavel. Chega um tremmoco, simpatico, e nos oferece cha de coca, cade, ou cafe com leite. Peo menos uma regalia, aceitamos, difrutamos e vem o tremmoco de novo e fala "Seis soles, por favor". Porra, quase 80 reais e nem o cafe com leite? Saudade da barrinha de cereal da GOL. E o trem nao e moderno, nem rapido, fic indo e voltando pra pegr velocidade, e percorre os 110km em 4h, aliviadas pela compánia de uma excursao gaucha, com gente que ate conhecia meu tio de Santo Angelo.

Chegamos, meio emocionado meio puto em MchuPicchu e de cara o visual e senacional. Realmente, mais um dos lugares idecritiveis para a listinha. E uma cidde incrivel, que alem de linda impresiona pela modernidade implantada e pelo passado misterioso que envolve o lugar. Inicialmente ouvimos as explicacoes meia boca do guia, mas incomodav estar em um grupo, onde a gente acabava aparecendo nas fotos dos turistas e vice-versa. Desertamos do grupo com 3 minutos, e fomos explorar a parte baixa da cidade, que naquela hora estava vazio. Durante umas 3h30 ndamos pelas ruinas, cada vez mais boquiabertos com o que viamos. senacao, quando est em um lugar que ve toda a cidade abaixo e de que voce nao est ali. Que e um lugar tao que voce so ve em fotos e ouve falar que e impossivel seus olhos estrem mirando uma realidade. E realmente estranho e encantdor.

No fim, valeu demais ter ido, e ir dichavando ao maximo o lugar. Percebi o quanto foi bom quando vi o sorriso que a mulher que carimbou meu passaporte com o carimbo de MachuPicchu deu ao me ver sorrindo para aquele simbolismo barato. E daquelas coisas que realmente e legal fazer antes de virar presunto. Mas da proxima vez eu vou pelo tunel de Sao Thome das Letras porque sai bem mais em conta.

--------------------------------------------------------------------------------

As ruinas, mais a noite cusquena nos cansaram. Cansaram tanto que perdemos o onibus para Arequipa marcados para as 7h da matina. Fomos a rodoviria, e sei la bem como, pegamos um onibus te Juliaca e de la para Arequipa que e onde estou. Chegando dia 23 janeiro, exatamente 2 anos depois do acidente com o onibus da federal, nessa mesma cidade em 23/1/2006. Aproveito e dedico o post para as 4 vitimas do acidente, que apesar de nao conhece las, tenho certez que aproveitariam todo esse mundo que eu to fazendo questao de conhecer.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Inspiracao da madrugada


Noite passada eu e o Xandinho, seguindo na onda da galera, fomos a uma boate. Nem 30 segundos dento do recinto ja escutamos, em alto e bom som de boate, Jorge Ben Jor cantarolando a empresas de publicidade e futuramente chamando o sindico do Brasil pra tirar aquela escada dali, em alta e boa voz, chamamos o sindico:

_ Tim Maia! Tim Maia! Tim Maia!

E assim successivas vezes. E a emplogacao que nao costuma ser muita com boates foi la em cima. Pena que a musica seguinte foi a "Danca da maozinha", em um bom e belo portugues.

Independentemente do Terra Samaba, fato e que acrescento a musica brasileira na minha listinha de saudades. Tenho meu MP4 aqui com Caetano, Gal, Gil e Bethania, somados ao sindico do Brasil e ao Tom Ze. Mas sao sempre as mesmas, ja conhecidas musicas que eu gosto. Mas eu to com saudade e de escutar, cantar a musica ali, na espontaniedade. Saudade do Pig e da minha querida mae tocando violao com aqueles arranjos novos e gostosos que a tal da musicalidade brasileira oferece.

Ai, somado a ontem e uma musica que eu li esses dias, decidi pela primeira vez nesse blog, tirar o poder da escrita a mim e tranferi la para Caetano Veloso:

"Nana cantando "Nesse mesmo lugar"
Tim Maia cantando "Arrastão"
Bethânia cantando "A primeira manhã"
Djavan cantando "Drão"
Chico cantando "Exaltação à Mangueira"
Paulinho, "Sonho de um Carnaval"
Gal cantando "Candeias"
E Elis "Como nossos pais"
Elba cantando "De volta pra o aconchego"
Gilberto cantando "Sobre todas as coisas"
Milton, "O Que será?"
Bosco, "Rio de Janeiro"
E Dalva, "Poeira do chão"
Melhor do que isso só mesmo o silêncio
E melhor do que o silêncio só João."

A proposito estamos muito bem por aqui em Cusco. Divertindo, a cidade e boa, e depois de 2 dias conhecendo a, partimos para conhecer as ruinas incas. Terminamos daqui a 3 dias la no Machu Piichu. Aproveitando a deixa, que tudo saia como o som de Tim Maia


sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

No frio de Copacabana

Ja me encontro em Cuzco, Peru. Cidade maravilhosa pelo pouco que vimos, toda historica, toda mistica e perto de Matiu Pitiu, onde devemos ir no Domingo ou na Segunda.
Mas ainda tenho poucas coisas para escrever sobre aqui, por isso, fico na cidade anterior, Copacabana.
Sim, relembra o bairro em que mais fui feliz nessa vida, desde crianca com o Vo Machado, ate a vida pseudo adulta, com farras de Carnaval. Em vez de mar, a Copacabana boliviana e banhada de cabo a rabo pelo Lago Titicaca, o lago mais alto do mundo, que se fede um pouco perto de Copacabana, proporciona paisagens maravilhosas quando se navega pro suas ilhas.
Depois do cansaco e a gripe que sempre chegou no quase a nos atacar, decidimos, pela primeira vez na viagem, descansar. Aproveitamos a lei do "quem converte de diverte" e, por 10 reais para cada um alugamos um quarto privado, uma cama de casal e uma de solteiro, banheiro privado e so para nos, e ainda um TV a cabo qeu nos brindava com canais bolivianos, Fox Sports, e HBO. Foi o suficiente para um bom dia de descanso, passsamos o dia dormindo, comendo e vendo TV. No outro dia conhecemos a simpatica Copacabana, com sua Catedral monumental e essas coisas. De praxe, os bolivianos (moeda) acabaram em um certo momento e fomo procurar o cajero eletronico de Copacabana. Andamos e nada, perguntamos em surpresa: pela primeira vez estavamos em uma cidade que nao tinha esses caixas. E agora? Quem podera nos ajudar. Nao foi o Chapolin nao, futuramente foi a Renatinha. Mas antes, contamos o dinheiro que ainda tinhamos. Sim, dava pra ir ate Cuzco, mas nao dava para apssar uma noite na Ilha do Sol (ilha sensacional no meio do Titicaca) e comecamos a cogitar a ideia de abandona-la. Mas nao, quand eu iria voltar em Copacabana? Foi dando desespero e armando uma chuva, ao mesmo tempo.
Xandinho, a la Che Guevara em Diarios de Motocicleta, tira 40 dolares doados por sua namorada, e, gracas a Deus, nao era para comprar calcinhas nos Estados Unidos, e vai para o hotel escapar da chuva. Eu, tento ligar para o Brasil para saber quanto eu iria ter que pagar se tirasse dinheiro do cartao no credito, o que era permitido. Descubro, pra variar que os bancos iam me roubar e comeca a nevar cabulosamente, e eu ali, preso, com 40 dolares, numa cabine telefonica. Resolvo andar (depois da neve), faco uma chola fazer descontos em uma casa de cambio, pelos 40 dolares consegui 300 bolivianos, ainda insuficiente, e descubro o unico restaurante de Copacabana a aceitar visa, a janta estava garantida. Volto ao albergue e o Xandinho, apos fucar as malas, acha 22 reais, e 25 pesos argentinos. Volto na casa de cambio e consigo mais 130 bolivianos. Pelas contas, e contando a janta no restaurante do Visa, dava. Fomos para nossa ultima refeicao em Copacabana, em um hotel dos mais chiques, que por isso, aceitava o cartao magico. Era daqueles restaurantes que se come pouco e paga muito, bem chique mesmo, com buffet de saladas e vista para o lago. Pratos bem montados, para mim filet mignon e para o Xandinho uma truta muito bem preparada. Os franceses, e ricos no hotel nos olhavam pensando que que esses dois classe C tao fazedo aqui.
No espirito, nos esbaldamos no buffet de saladas que era a vontade.
8h30 da manha e o barco da Titicaca Tours no levava ate a ilha, superlotado, gerando protestos e tudo mais, eu tava e feliz. Chegando na Ilha, nao sabiamos que pagavamos 10 bolivianos para ver as ruinas, mas pagamos. 20 a menos na conta. La um guia apareceu do nada e fazia questao que todos ao redor ouvisse as explicacoes meio bebadas dele. A ultima atracao era um labirinto Inca, e o guia, ao terminar a explicacao pediu 5 bolivianos por pessoa de contribuicao, olhamos um para o outro, e vazamos, nos escondendo e embrenhando no meio do labirinto sem pagar ouvindo os gritos do guia:
_ No sejan mal amiiiiigooos!
Ceerto.
Ao chegar na aprte mais habitada da ilha, fomos procurar hospedagem barata e comprar a apassagem de volta para o outro dia, 10 da manha e descobrimos que a volta e 100% mais cara que a ida. Que bueno. Trocamos ideia com o motorista do barco, e acertamso, que, se fossemos no proximo barco, pagariamos 50% do valor, que obviamente iriam para o bolso dele, ja que eles no mandou ficar em silencio. Assim que aportamos em terra firme conseguimos mais 20 bolivianos de desconto na passagem para Cusco, e fomos atingidos por duas bolivianinhas com baloes de agua. Choramos desconto no hotel, e conseguimos um quarto bom.
Cheguei a classe Z esse dia, pechinchando, e sendo pobre na Bolivia.

Mas ja em Puno, sacamos dinheiro e somos da Classe C de novo, na cidade imperial de Cusco.
Aguardem noticias.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Fim do primeiro tempo

Fim da primeira metade da viagem. Mas sem 15 minutos de descanso, Hoje, vigesimos sexto dia de viagem, aguardamos agora pelos outros 26 ate dia 9 de fevereiro. Nao da pra acreditar que ainda temos metade das coisas pra viver.

Esses 3 dias em La Paz foram demasiadamente agradaveis. Atividades mil, da qual relato trres agora no Picante, pero saboroso.

Como o titulo do post remete ao futebol, comecamos por ele. Ontem, o nosso albergue organizou uma pelada, e nos, bons brasileiros, nos inscrevemos assim que o evernto foi noticiado. Inicialmente a partida era entre America do Sul (Argentina, Brasil, Chile e Peru) x Europa (Reino Unido e Franca). Chegando no local que o albergue escolheu, associacao deportiva de obreros de La Paz, tivemos que ir para uma quadra, coberta, e assim se formaram tres times de 5 ou 6. O nosso time era formado pelo Staff do albergue (um argentino, um peruano e e um chilenos) e mais tres brasileiros. As outras equipes eram a europeia e a argentina.
Comecou e em menos de 5 minutos voce na aguenta mais nada! Jogar na altitude nao e de Desu tambem nao, voce da um pique e nao aguenta voltar, ou fica na defesa e nao sobe pro ataque, ou fica no ataque e nao sobe pra marcar. Isso tudo proque eu joguei na quadra e so uns 30 minutos, e olha que quando eu cansava eu pedia pra ir pro gol. Depois que voce para, e bem estranho, tudo que voce quer e agua, seu corpo ta gelado de frio, mas voce sua e seu peito doi, mais do que nunca seu peito doi demais. Nao sei bem o porque, mas os labios e a regiao do bigode comeca a formigar demais, e bem estranho e mais estranho ainda quando voce ve que so nao ta sentindo a dor nas pernas porque a do peito esta maior. Jogamos varias partidas, todos ganharam, todos perderam, mas todos, independentemente da nacionalidade, perderam para a tal altitude. Perdemos mais jogos, principalmente porque confirmamos que peruanos e chilenos nao jogam nada. Em compensacao, o melhor do dia foi um escoces.

---------------------------------------------------------------------------------

Outra passagem interessante de La Paz foi gastronomica. Depois de dias vivendo vida de Classe A para nao encarar a nao muito higienica culinaria popular boliviana resolvemos nos enfiar na cultura fast-foodiana boliviana. Ate entao tinhamos comido no americanissimo Burger King, com preco bem bolivianos. Bom, a rede que faz mais sucesso no fast food da Bolivia chama Pollos Copacabana. Como o nome indica vende frango, e na minha cabeca era como o americano KFC, e la, realizaria o sonho do Tulioca de comer um balde de frango frito. Entramos para o almoco, e resolvemso pedir um prato comum, digamos, o Big Mac de la, que parecia o Combo Fiesta. Quando recebo o prato percebo a bizarrice de fast food que eu me enfiava: um refrigerante, um saquinho de batatas, e depois as bizarrices, enfiadas em um bandeija a la Bandeijao, altas bananas fritas picadas, e os frangos, dois pedacos, com muita gordura, empanados, uma coxinha e um nao identificavel, e a gordura pulava a cada mordida. O molho era meio bizarro tambem, nao tinha ketchup e mostarda, e sim um sache com a mistura dos dois. Pratico pra Amanda Horta, mas horrivel pra mim.
Agora se e para elogiar alguma comida daqui e a carne de lhama que e deliciosa. Hoje, apos a visitas as ruinas de Tiwanaku, um povo mais antigo que os conhecidos incas, cujo as ruinas foram descobertas recentemente, comemos uma carne de Lhama acompanhados por um refrigerante, Simba, de maca verde! Sim, refrigerante bem verde, de maca verde, e o mais incrivel, pertence a Coca Cola!
Coisas da Bolivia.

------------------------------------------------------

Um ultimo registro, agora economico. Como a Bolivia e barata, e inimaginavelmente barata. Exponho algumas situacoes:
Quer se refrescar? A coca cola de garrafa aqui e um pouquinho menor que a nossa, cerca de 190ml so. Mas custa 1 boliviano, o que representa mais ou menos R$ 0,25.
Nosso primeiro cafe da manha na Bolivia foi em um restaurante. Eu comi um panqueca gigante, 2 sucos de morango com leite, o Xandinho tomou um mate de coca, altos paes, manteiga e geleia. A conta de R$8, 4 reais pra cada um.
Fomos jantar em um lugar da elite boliviana, uma churrascaria que tinha padres e gente rica, bonita, lugar aberto. Nao estavamos com muita fome, pedimos um prato so para nos dois, mas em compensacao tomamos 4 cervejas Huari, ja eleita por mim a melhor da Bolivia. Total da conta 65bs, mais ou menos 16 reais, 8 pra cada um.
Aproveiteu La Paz pra fazer compras para mim ( nao vou falar dos presentes para nao estragar surpresas): Uma camiseta da Inca Cola, uma camiseta do Evo Morales, um casacao de la muito bonito e muito bom, 50 saquinhos de cha de coca (vou levar pro Brasil quem quiser eh so pedir). Total das compras: R$29. Impressionante.
Aqui, como em todo mundo, Barcelona, Real Madrid, Milan e esses times europeus fazem sucesso e vendem camisas. Uma camisa oficial, que custa de 150 a 200 reais no Brasil vale aqui cerca de 35 reais, ou 100bs. Eu nao poderia deixar de comprar uma, mas nao desses times de ricos. Na classe C, adquiri a camisa da fraquinha selecao boliviana. 35 reais, no site sofutebolbrasil.com custa R$250.
Ao contrario da Europa, na Bolivia, quem converte, se diverte.

________________________________________________

Amanha saimos para nosso ultimo destino boliviano: Copacabana, cidade nas margens do Lago mais alto do mundo o Titikaka.
E que comece o segundo tempo, mas vamos ganahr de uma vez que eu nao to afim de prorrogacao nao, ainda mais na altitude.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Na paz de La Paz

Ta. Nao e bem a cidade mais pacifica do mundo, pelo contrario, o transito e caotico, todo mundo buzina, uma pa de gente te pede esmola, os vendedores te pressionam ate por uma venda.
Mas pelo menos La Paz e bem melhor que as cidades anteriores que passamos na Bolivia. Alias acho que e uma cidade que promete.

Tudo volta a ser bom por aqui. Ainda em Sucre pegamos o onibus ja com o receio da experiencia anterior. O onibus, para mim, foi a oitava maravilha do mundo. os bancos reclinavam, dava pra esticar as pernas e em vez de musica boliviana passaram um filme de Bang Bang. Nao que eu goste de bang bang, mas e melhor que cumbias e demais ritmos.
A unica estranheza foi colocar a bagagem. Voce tem que etiquetar no mesmo lugar que compra as passagens, no segundo andar da rodoviaria, o primeiro ficam as plataformas. Voce etiqueta, e eles joam sua mochila, la de cima, ate a plataforma de embarque, tem uma cordinha que auxilia, mas pouco.

O onibus saiu na hora certa e, incrivelmente, chegou 1h30 antes do previsto! Resultado, eu e o Xandinho, 5h30 da matina, passando um puta fro na rodoviaria de La Paz sem saber pra onde ir. Na cara dura viemos ao albergue, o cara foi gente boa, guardou nossas mochilas mas a gente s'o podia entrar no quarto as 13h. Depois de esperar o tempo passar fomos rodar por La Paz e observamos uma cidade grande, com todos sues problemas e diversoes, mas que, por enquanto nos encanta muito.
Al'em de maercados artesanais visitamos Igrejas e vimos quanto o pessoal aqui tem f'e. Sem querer discutir politica, religiao e futebol, mas nao posso deixar de comentar o quanto espantoso e ver um povo com descendiencias indigenas claras, todos com cara de indio mesmo, serem tao passivos a um passado tao sofrido por eles. Ponto final na discussao.
A visita interessante do dia foi a no Museu da Coca, um museu de um velhinho psiquiatra simpatico, que mostra todas informacoes sobre a folha de coca. Desde origens historicas, caracteristicas bilogicas, ate a producao e consumo da cocaina e da Coca Cola. Interessante demais.
No mais, a Bolivia passa a me encantar. Somente ainda nao gosto dos ovos bolivianos, cada vez que como um derivado deles el doctor Barroso me chama para dar aquela conversada.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Coisas da Bolivia.


Primeiramente a foto postada nao tem nada a ver com o texto de hoje. A foto e de um momeno bem agradavel, o por do sol no Salar do Atacama, ha uns 4 dias atras. E so mesmo para voces matarem a saudade das nossas caras e tal. E se preparem para a peripercia que vivemos hoje.

Chegamos a conclusao que, se Deus nao ora pela Bolivia, ora muito menos por Uyuni, a cidade que a gente estava. Se eu fosse adepto do Sata, abria uma igreja la, com garantia de sucesso.
Depois de dois dias meio tediosos, as 18h30, saimos feliyes rumo a rodoviaria (que e na verdade uma rua) para pegarmo um onibus rumo a Potosi, e, quem sabe, arrumar um jeito de ir ate Sucre no mesmo dia. Chegamos, vimos que tinhamos um conforto, uma salinha para esperar com sofas e mulheres velha bolivianas encostadas, ja chegaram tres brasileiros e um papo bom comecou ate a moca da Compania avisar.

_ El coche (onibus) sala as las ocho.

Welcome to Bolivia. Uma hora depois do esperado partimos em um onibus que pelo lado de fora parecia bem melhor do que esperavamos. O esquema e o seguinte: gringos compram passagem e vao sentado, quem compra antes vai sentado, quem quiser, vai pagar depois e vai em pe mesmo. Sentei na minha cadeira 9, corredor, e uma pa de gente estava em pe. Um boliviano se instalou bem do meu lado e sempre que alguem queria passar ele enfiava, com gosto,o suvaco na minha cara. O CC de boliviano e estranho, e um fedor de roupa um fedor de roupa suja misturado com cheiro de folha de coca, eh ate melhor que o CC brasileiro em onibus da BHtrans. Eu nao tava acreditando que aquela galera ia em pe mesmo, mas enfim, mesmo uma velha, que tinha la seus 70 anos, sentou nas suas trouxas no corredor e foi, empeyona no que era previsto 7 horas de viagem. O cara do CC saiu do meu lado, mas do nada, um menino se instalou no lugar do corredor que eu colocava meus pes, ja que a poltrona era demasiada apertada. Mas trnaquilo, corredor de onibus, assim como a Bolivia, e terra de ninguem. Continuamos a viagem, e a musica nao parava. Sim, durante toda a madrugada musicas barangas em espanhol tocavam em uma altura consideravel, e me atapalhavam a (tentar) dormir. Um outro brasileiro sofria com uma goteira que caia na sua cabeca, e o outro com um bebe que chorava no colo da mae do seu lado.
A estrada era pessima, de terra, e lamada pela chuva, e ainda era ingreme. Direto o onibus diminuia, encaixava a roda em algum lugar e ia, meio no escuro. De vey em quando ele parava e seguia, sem dar explicacoes, uma hora alguma coisa bateu muito forte na lateral dele, mas a gente chegou sem descobrir o que era.
La pela 0h o motorista anuncia 25 minutos para o jantar, no meio da estrada numa casinha de barro feia e no meio do nada. Fui descendo para o banheiro quando vi que todos se encaminhvam para a estrada, e terminavam suas ansiedade ali mesmo, homens e mulheres. Bom os 25 minutos viraram 1 hora e so o motorista jantou, acho que ninguem teve coragem de comer o Picante de Pollo (um frango apimentado) que a espelunca oferecia.
Seguimos viagem, e as 4h da manha, quando eu ja estava tranquilo com a situacao, oonibus para, no meio do nada, e desliga. Ninguem reclama, ninguem diz um palvara. Achei que ia ser rapidinho, depois de 1 hora, continuavamos parados e nada. Finalmente o povo boliviano resolveu reagir, e pbnater na cabine do motorista, trancada. O cara disse que queria ir no banheiro, e o mostorista simplemente resusou. Falou que nao, que nao podia descer, igual professora primaria. E o cara aceitou. Mais mei hora outro grupo tentouuma investida sobre a cabine, e obteve a resposta do que estava acontecendo. O motorista mandou, na lata:

_ Para! Estoy cansado! Necessito descansar!

Um dos brasileiros ja mandou em bom portugues:

_ Que isso! Ta loco amigo?

Por pressao ele abriu a porta, e ja no amanhecer, descemos e eu passei um dos maiores frios da minha vida. Pelo menos vimos que nao era so o motosrista descansando. Uma carreta tinha desliyado na pista e encostou levemente em um caminha de carga combustivel. Isso fechou a pista e o motorista aproveitou para tirar aquela siesta, as 5h da matina. Poucos minutos, o pessoal resovelu parar de ser engenheiro, cavar uma vala de alguns metros e empurrar na tora mesmo. Liberou a pista,e, depois de 2 horas parado, em menos de 20 minutos, chegamos a Potosi.
Em Postosi, compramos passagem para Sucre, em um onibus mais arrumado, tiandoo fato que venderam meu lugarpara uma mulher tudo deu certo. Mas atracao e atracao e uma mulher sentou se do meu lado, me deu uma resvista e uma leve pregada para eu virar um testemunho de Jeova. Como o meu livro do Tim Maia ta acabando vai ser minha proxima leitura de viagem.


_________________________________________________

Passamos o dia hoje na agradavel Sucre, que dzem ser a mais bela cidade boliviana (imagina as mais feias) passeinho legal, mas ja seguimos amanha para a capital desse pais meio esgringolado, La Paz. Chegamos la so dia 11, mas ta valendo. Cada vey mais admiro o Evo Morales, alguem querer tomar conta desse caos aui tem que ser muito forte mesmo viu.

Mas a gente continua nesse pais a la Tom Ze, atras da vida pra poder morrer, despedindo pra poder voltar.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Aproveitando, intensamente, o tal do mundo real.

Ficar tres dias na Bolivia sem escrever nada aquí no blog é bastante desesperador para minha memoria e para a criatividade que eu tento impor aquí no blog.
Acontece tanta coisa que guardar e saber o que escrever e complicadopor demais.
Primeiro peco desculpas pelos erros de pontuacao que vao ser frecuentes. Teclados bolivianos sao demasiados complicados, e nao contem acento, ponto de interrogacao, quica um parentese.

Para tentar relembrar esse dias, divido-os em dias mesmo. E o aproveitamento do fim do mundo real comeca ainda na noite do dia 4, 20 minutos depois de postar pela ultima vez aqui.

Dia 0 ou noite anterior – Eu e Alexandre caminhavamos felizes para o Albergue em San Pedro de Atacama, as 22h, indo dormir, descansados, para rumar a 3 dias de passeio no meio do nada. Brasileiros diversos apareceram do nada para e nos chamaram para tomar uma. Pra variar, aceitamos. O grupo era brasileiro, mas bizarros. De drogaditos, a policiais conservadores belorizontinos, a cariocas galanteadores, tinha de tudo. As 1h da manha nao se pode mais vender cerveja em San Pedro. Xandinho foi um menino responsavel e deu o perdido, sem despedir nem de mim vazou. Eu, acabei entrando na onda, e fui comprar cerveja clandestina com chilenos. Sim, voce é multado pelos Carabineros del Chile se ficar tomando cerveja depois das uma. E se dancar na rua também. Os chilenos pararam o carro no meio da rua, ligarama um Jorge Ben Jor bem alto, e ficamos todos, bebendo a deliciosa cerveja clandestina. As 4h30, percebi que só tinha mais 2 horas de sono e decidi voltar pro albergue. Meio bebado, cheguei fazendo barulho e acordando o sono do Xandinho, mas do nada, algo que jamais imaginaria ver. A terra comecou a tremer! Sim! Vimos um terremoto que durou uns 8 segundos... tá, foi um tremorzinho de terra, mas valeu. Inicialmente, o Xandinho, e eu também, achamos que era coisa de bebado, ou que a gente tava sonhando, mas no dia seguinte, isso foi assunto na cidade. Até as 8h da manha, quando a gente tava tirando foto na beira de um vulcao.

Dia 1 - Partimos, eu meio de ressaca em um onibus ate a fronteira com a Bolívia. La conhecemos 3 mulheres, Vera, Terezinha e Marta. Eram brasileiras mais velhas, que nos acolheram como maes. Ao me verem comecar a sofrer com altitude nos deram recomendacoes, nos reprimiram por eu estar de ressaca, nos doaram algumas folhas de coca que mascamos para nao sentirmos tanto o efeito da tao falada altitude. Mascamos, bebemos agua, recomendacao das maes, e fomos subindo pela Bolivia, agora a bordo de um 4x4. Nosso carro tinha o motorista, Zamiro, boliviano, tres holandesas e um suico, o Benno. A altitude pega viu. Faz frio, falta ar, o coracao dispara com a minima forca que voce faz, e a folha de coca resolve, mas te um gosto tao ruim quanto boldo. Subimos a 5000m de altitude, um lugar com geiseres com atividade vulcanica ativo, tipo fumaca saindo do nada. Lindo demais. Mas a 5000m uma holandesa passou mal, ao mesmo tempo, tao incrivelmente quanto ao tremor, comecou a nevar!!! Sim, alem de um tremos de terra, em menos de 24h, vimos nevar! As holandesas desesperadas para sair daquela altitude e eu e o Xandinho, pagando de brasileiro, curtindo por demais aquela neve. Nesse mesmo dia, ainda vimos lagunas lindas, a beira de montanhas, de uma cor meio inexplicavel por palavras. Algo meio azul piscina. Tomamos banho em águas termais de 37 graus, sob montanhas nevadas e chegamos para dormir em um alojamento simples, a beira da Laguna Colorada. A chuva apertou, o que poderia acabar com o passeio, mas fez muito frio, muito mesmo. Depois de uma boa lorotadina, dormi com um anjo.

Dia 2 - Um dia de andancas. Andamos naquele 4x4 muito, parando em lugares nem tao memoraveis assim, mas que valia a pena demais pela paisagem. Vimos pedras, lagunas diversas. Flamingos por demais, e um pasto, gidgante, com Lhamas até encher o saco. Muita Lhama mesmo. Tanta lhama, somada ao tedio de 4x4 que eu e o Xandinho comecamos a criar o roteiro da proxima animacao da Pixer, que envolvera animais, a la Procurando Nemo. O personagem principal é Olívia, a lhama da Bolívia, que vive aventuras pela Bolívia e pelo Peru com seu amigo Zamiro, o flamingo amigo. Além de uma estratégia boa de conquistar publico sul americano o roteiro é ótimo, fica para um próximo posto. No mais, o dia ficou na interacao Bolivia/Brasil/Holanda/Suica. O boliviando mascava coca, as holandesas nos mostravam musicas tipicas dos Paises Baixos e o suico peidava, sem nenhum constragimento. E de novo, depois de um reencontro com nossas maes adotivas e de 2 cervejas bolivianas tomadas na altitude fomos dormir.

Dia 3- Hoje comecou bem. Eu e o Xandinho todo de bom humor, o suico peidando e as holandesas meio de mau humor. Cafe da manha e partimos rumo a um dos lugares mais incriveis que eu ja vi na minha vida, o Salar de Uyuni. É um deserto todo de sal, que faz voce ver tanto branco ate perder de vista. A chuva do primeiro dia alagou o Salar, o que fez a gente andar sobre a agua o tempo todo, mas alem do branco, a agua refletia todo o ceu, e era mais uma vez, indescritivel. Andavamos sem saber pra onde, so viamos branco, e agua, era como existisse dois céus. Visitamos uma ilha com cactos gigantes, no meio desse sal todo, e um hotel, meio sem graca, feito todo de... SAL! O incrivel mesmo foi o salar, experiencia pra vida toda, acho que nao vou ver nada igual. Mais uma vez, queria que voces estivessem aqui para ver.

---------------------------------------------------------------------------------------

Acrescenta uma coisa e dois personagens que sinto falta por aqui. A coisa é feijao, o saudade que eu to disso. E as pessoas e suas respectivas coisas é o Didi, e curtir observar uma paisagem com ele me fritando, e o senhor Lucas Paio, descobrindo cardapios e situacoes engracadas na viagem. A proposito, os elogios que recebo pelos escritos ao blog, dedico a ele. Seu blog o www.biselho.blogspot.com foi um grande inspirador da maneira que escrevo aqui.

_______________________________________________________________

Estou pela primeira vez em uma cidade de merda. Uyuni, sul da Bolivia nao tem nada. Chove pra caralho, parece que todo mundo quer ganhar dinheiro em cima de turistas, tem pouco onibus para outras cidades e é por isso que passamos uma noite aqui. porque todo mundo quer sair, mas as empresas nao tem onibus, so amanha, as 18h30. Ta ok. Amanha seguimos para Potosi, ou Sucre, sabe se la como, porque pela chuva, acho que o mundo acaba aqui em Uyuni mesmo.

Comentem mais. Me gusta mucho los comentarios.



Lhama Olivia

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Notícias do fim do mundo

Eu sou do tipo que acredita que o mundo tem vários fins do mundo. Os fins do mundo bons e ruins, aqueles lugares que nao se da nada por eles e aqueles fins de mundo maravilhosos como esse que me encontro.

San Pedro de Atacama é o nome da cidade. Um nadinha no meio de um nadao. Bem no centro do deserto mais alto e mais seco do mundo, o Atacama.

A cidade é basicamente uns 8 quarteiroes, onde voce anda e frequentemente a cidade acaba. Talvez esse aqui seja o fim de mundo mais turístico que existe, nos poucos quarteiroes encontramos 3 tipos de casas, todas de adobe mas que funcionam como hospedagem, agencias de viagem e restaurantes bem descolados no clima deserto. É sensacional estar em uma cidade que deve ter uma agencia de turismio por nativo. De fato, os turistas aqui (na maioria inexplicavel francesa) somam mais de 3 vezes a populacao local. E todos estao aqui por atrtacoes que estao a kilometros da cidade, para isso servem as agencias de turismo. E foi por esses passeios que viemos aqui.

Já chegamos, instalamos em um quarto para 8 que estava vazio, mas logo se alojara mais dois belorizontinos e quatro portugueses. Dominamos o idioma.

Contratamos a empresa de turismo, e passamos aos passeios.

O primeiro dia fomos ao Valle de La Luna, talvez um dos lugares mais incríveis que eu já vi na minha vida. O lugar tem esse nome pela formacao rochosa, no meio daquele mar de areia do deserto parecer o solo lunatico. Essa comparaçao é um pouco forçada, mas o lugar é lindo. Ao mesmo tempo que observava o lugar e ficava maravilhado com aquilo, me desesperava por saber que nunca iria conseguir escrever, contar, ou mesmo mostrar em fotos que tiravamos alopradamente o que eu estava vendo naquele lugar. Com o por do sol, dunas, formaçoes rochosas, misturados ao sol que fazia com que o ambiente apresentasse cores que eu nunca tinha visto e creio nunca vou ver de novo. Isso tudo no deserto. Do passeio, ainda vale o destaque a bolinha de tênis achada no meio do deserto, e da subida que me fez, pela primeira vez sentir o despreparo físico e/ou altitude (2.735m) na viagem. Se for altitude, estou lascado, nosso destino daqui a uns 6 dias tem 4100m, Potosí, na Bolìvia.

Hoje fomos a dois locais bem interessantes. Um povoado, chamado Toconao, abriga um antigo rio (antigo mesmo, ja que hoje ele è um corrego) no meio do deserto. O rio, virou um caniion, que pela pouca água que ainda passa se transformou em um bosque! Do nada, depois de 2 dias respirando poeira desertica entrei em um bosque e relembrei o bem que o verde faz. Seguimos ao Salar de Atacama. Um deserto de sal. Uma lagoa existia ali, secou em frande parte, e ficou o sal, era sal até perder de vista, e algumas poçasa da lagoa, onde flamingos passavam a tarde tranquilos, mesmo com a nossa presença. O por do sol foi sensacional, aliàs o por do sol tem sido sensacional nos últimos 4 dias.

Agora, vou passar minha última noite aqui, nessa cidadezinha de fim de mundo, sem uma casa de tijolos, quiça um predio, que lembra a cidade do filme "A máquina" que alias é minha dica cinematográfica de sempre (em Santiago, a Valentina a recepcionista gente boa do albergue, para quem o Xandinho ensinou toda sua malemolencia do samba, conhecia esse filme, achei incrível).



**********************************************************

NOTA SOBRE A SAUDADE



Eu sempre curti uma saudade. Como Brás Cubas disse em suas memòrias póstumas é sensacional usar uma bota apertada só pelo prazer de tirá-las e colocar os pés na água. Essa viagem me traz um sentimento estranho da saudade. Já senti saudades de gente que já virou presunto, de gente que nao gostava de mim, de cachorro, ja senti saudade de como a pessoa era, mesmo achando que ela estava melhor do outro jeito, já senti saudade e raiva junto, e já senti saudade sem saber.

A saudade atual, aperta mais a cada dia e é bem diferente. Diferente porque nao estou a uma ligaçao de celular e uym encontro daqui a 20 min na Praça da Liberdade. Mas a principal diferença é que a saudade existe, mas a necessidade de continuar feliz por aqui existe taoforte quanto. Ai chego a conclusao que essa saudade é ainda mais sáudavel que as outras, é a vontade de que as pessoas queridas estivessem vivendo isso aqui comigo. É a vontade de ter a Natália do meu lado no por do sol no Valle de La lunda, a vontade do Thomaz me acompanhar em um bife de chorizo na Argentina, vontade de meu pai estar do meu lado quando fui ao Estádio Sausalito, no Chile, onde o Brasil jogou a Copa de 62 e nosso Garrincha fez história. Vontade de ver minha mae entrando nas lojinhas de artesanato inca e se encantando com as bonecas incas, que só nao levo de presente porque virariam areia do deserto na minha mochila. Saudade que me faz querer uma saída noturna pelas cidades latinas com o Túlio, rir dos outros com a Clarice, descobrir pessoas incriveis com a Ju, encher a lata de Quilmes com Paulinha, Chcuk,Luiza MAria e cia, ir no Mc Donalds latino e descobrir novos Cheddar com a Horta. Fazer milhoes de coisas com milhoes de pessoas.



*******************************************



Bom, esse post gigante se deve ao fato que amanha pego um 4x4, sigo no deserto pelo Salar de Uyuni até a Bolívia. Esse percurso dura 3 dias, entao sumirei do mundo virtual durante esse tempo, garanto entretanto, que aproveitarei o mundo real pra caralho.

Agradecendo do deserto

Postagem ràpida direto do Deserto do Atacama só para agradecer a Pedro Guedes, o famoso Guedao, ou Guedesign pelo novo template e pela nova cara que ele deu ao blog.
Valeu demais Guedao, ficou bem doida viu.
Se você ler aqui, eu e o Alexandre tivemos uma idéia que, se bobear, você ou algum leitor tem idéia de como fazer. Queríamos colocar duas coisinhas no blog, no cantinho assim, um relógio, contador, algo do tipo, para saber quantos dias de viagem já sao (hoje é o 17 dia, de um total de 52). E um painel falando em que cidade a gente tá e tal. Sugestoes sao bem vindas.

Ainda hoje, mais tarde, vou tentar postar as impressoes aqui do deserto, já que amanha saimos rumo a Bolìvia em um caminho por desertos, vulcoes e salares que nos fará ficar 3 dias sem nenhum contato com o mundo.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Mais impressoes sobre a terra de Neruda (Año Nuevo)

E eis que depois de duas noites, que se nao foram desagradaveis, tambem nao foram dignas de postagem na capital chilena, Santiago, resolvemos, devido a varios motivos, sair da paradeira da capital chilena, de novo rumo a praia, Valparaiso para passar a meia noite do dia 31.
Meio na loucura, seguimos para rodoviaria, compramos nossas passagens para La Serena no dia 1 pela manha, e a ida e a volta para Valparaiso. Ida as 15h40 do dia 31, e volta as 6h55 do dia 1, 2 horas de viagem cada trajeto.
Chegamos em Valpo (sim, já estamos íntimos do local), e começamos o caos de Año Nuevo. Fomos comer alguma coisa, uma pizza de marisco, 20min para um garçon atender, 30min para chegar o refrigerante quente, mais 25min para trzerem gelo, mais 20min chega a Pizza, comemos em 5min, e mais 45min para pagar a conta. Quase demos o tomé mesmo, e saimos sem pagar, mas o risco de passar a virada com os carabiñeros de Pincochet nos controlou socialmente.
Agora, controle social é o que nao existe em Valparaiso no reveillon.
Demos uma volta na cidade, vermos onde dava pra tomar uma, se era melhor ver os fogos na praia ou nos morros, tomamos uma Paceña (cerveja boliviana, uma merda) e optamos pela praia.
Ligamos para as nossas respectivas pessoas queridas e seguimos a Plaza Sotomayor, onde clipes anos 80 animavam a galera, que começava a cajubrinar. Eu e o xandinho começamos também, depois da Paceña, um chopp Cristal, uma Escudo, e finalmente uma Brahma de 1 litro, tomada as 23h (horário de Santiago) e a 0h (horário de Brasília) para comemorarmos o reveillon brasileiro. Contamos de 10 a 0, abrimos a Brahma, mandamos pensamentos positivos e fomos esperar nosso reveillon. Achamos umas cbines telefonias internacionais e tivemos a briulhante ideia de ligar para as respectivas patroas do passado! Sim! Ligamos de 2007, pra Renatinha e pra Natalia que já estavam pelos 35 minutos de 2008! Eita relatividade...
Bom, o que menos importa é o momento dos fogos, que foi bonitao, a la Copacabana.
Importa é que dpois da mistura de cervejas eu parei de beber, Xandoca também. Tava meio cheio de gás, a la terceiro ano, mas enfim, depois de uma hora sentado,descansando voltamos aos lugares da bombancia. Nosso grauzinho alcólico deu para dançarmos cumbias, salsas e merngues nas praças, e particiopamos de um movimento de torcedores do Colo Colo. Xandinho alporava na salsa a la Silvio Santos vem aí, e quando foi tocada a salsa em homenagem a Maradona que o refrao era "Maradón! Maradón!", nós dois presepavamos, mandando "Pelézon! Pelezón".
Aproximando mais da praça principal começamos a ver a realidade do local. As pessoas nos disseram que o povo que passava a virada de Valparaiso ficavam "borrachos" pelas ruas. para nós, bons belorizontinos, nao passava de uns bebados, como na Piumì em dias de Copa do Mundo.
O cenário era realmente assustador, nós, sóbrios, conseguiamos perceber que, sem exagero, 92% da populaçao esta bebada, caindo de bebada, bebendo mais e oferecendo bebidas a todos. Era gente caindo, gente dançando alopradamente, gente suja de vinho, gente já na fossa, chorando de bebum, isso tudo com bem menos confusao que nos axés e similares do Brasil. E olha que até tocou a "Dança da maozinha", em portugues mesmo, na praça.
Mas era impressionante, conseguimos uma distraçao até a hora do ônibus, encostar e ver bebados engraçados pelas ruas, nos lembrando, em vários momentos, nosso velho e saudoso amigo Fedido.
Em Valpo, os sinais de transito para pedestres tem aquele diminuidores de ansiedade, que sao reloginhos que fazer a contagem regressiva para quando vao abrir.A bebida era tanta, que cerca de 30 pessoas estavam paradas no meio da rua, e, ja com saudades da virada, faziam uma contagem regressiva em voz alta todas as vezes que o relogio ia até o zero, e comemoravam como se 2009, 2010, já tivessem chegado. Óbvio que eu e o Xandinho entramos na onda.

************************************************************

Estamos em La Serena, 475km ao norte de Santiago, passando um dia de descanso para seguirmos a San Pedro de Atacama mais a noite, chegamos la pela manha.
Cidade tranquila, com um por do sol bem bonito e o mesmo da praia.
Seguimos aqui, curtindo esse país alto, magro que é o Chile, país que coloca Palta, um molho feito de abacate em todos hamburgers e cachorros quentes existentes.

Feliz dos mil e ocho para todos!