Copacabana, 17h, dia claro e bonito. Tomei um banho e sai de camisa do Fogão para tirar dinheiro, precisava achar a Rua Belfort Roxo. Meio perdido, paro na rua e decido perguntar, uma senhora, baixinha, pernas curtas, cara de trabalhadora se aproxima e eu solto a indagação:
- Licença. Onde é a Rua Belfort Roxo?
Eis que a senhora se agarra a sua bolsa, olha para o fundo dos meus olhos e apressa os passos sem me dar uma resposta. O que será? Será esse projeto de barba mal feita que me da cara de marginal? Será a camisa do Botafogo? O fenômeno Tropa de Elite? Não parei pra pensar e já imendei a mesma pergunta para um segurança de uma loja que me falou para seguir a mesma direção que a senhora tinha seguido. Apressei o passo pela pressa, e como minhas pernas não são tão curtas quanto as da senhora acabei avistando-a. E ela deu uma olhadela para trás e apressou mais ainda o passo. Mais uma olhadela, cara de pavor. Seguia minha caminhada normal sem entender aquilo e cheguei a uns 4 metros de distância dela quando ela agarrou-se na bolsa e entrou em uma farmácia me olhando com pavor. Das duas uma, ou a Rua Belfort Roxo é um código criminal, ou eu pareço um ex-desafeto dela. Mas como das duas, é sempre a terceira, chego a conclusão que esses seres humanos tão se perdendo demais no medo deles próprios. Magoei.
Depois dessa chega de Rio de Janeiro por aqui. Volto a atenção para a América. Faltando quarenta e dois dias.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Descobri que a passagem para essa torre aí custa 60 reais, e a diária na torre é R$30, á vende Itaipava de garrafa a R$4 e internet grátis. Sim, depois de voltar durane 4 dias a minha querida cidade maravilhosa, poderia destacar várias coisas que me apeteceram. A maior novidade, e dona de várias histórias e que terá destaque nesse post é a Torre de Babel onde me hospedei: o albergue Stone of a Beach, na Rua Barata Ribeiro, 111, em Copacabana. Na verdade, o destaque não é o albergue e sim a multiplicidade lingüística presente em tal lugar e nesses meus quatro dias. Me peguei sonhando em inglês, pensando em espanhol e conversando em inglês com peruanos e franceses que nada tem a ver com a língua anglo-saxônica e ainda falavam português. Olhava para o lado e via o Lucas trocando sorrisos com um bebê que começava a balbuciar um francês. (Outros casos cariocas alberguistícos na visão de Lucas Paio você confere no blog dele).
Bom decidi então criar grupos de pessoas que participaram desses 4 dias daminha vida, só para vocês terem uma noção do quão confuso e divertido foi o meu feriado.
GRUPO 1 – Cristine (Sueca), outra Sueca e John (Norueguês)
Línguas: Inglês e Sueco.
Cristine foi a primeira pessoa na vida que realmente desenvolvi um sentimento afetivo falando em outra língua. Aí você percebe que afetividade não muda quando se muda o idioma, Cristine era médica, de Estocolmo e adorava minhas aulas de história do football e ficava de cara do tanto que eu conhecia a Suécia, eu também ficava. Realmente uma pessoa legal, a outra Sueca curtia por demais a cultura brasileira e até sambava na boquinha da garrafa e jogava Capoeira. O norueguês tinha um sotaque carregado e parecia um tenista, como o sotaque era carregado não entendia o que ele falava e só sei isso dele. O melhor episódio com tal grupo foi quando eles me carregaram para um jantar, eu e um grupo de escandinavos, quase me senti um. O jantar? Uma simples pizza gigante, meia Champignon, meia rúcula com tomate seco; mais classe média impossível.
GRUPO 2- Mark (Peruano) e Lucie (Francesa)
Línguas – Espanhol, Francês e Português.
Intercambistas, estudam em Campinas e estão viajando. Ganhei boas dicas para o Peru, e os convidei para uma visita a BH já que pareciam curtir uma cerveja. Subiram Cristo a pé e eram nossos vizinhos frontais no quarto do albergue. Que virou uma torre de babel quando chegou uma carioca que resolveu desfilar seu francês com a francesinha. Português, Espanhol e Francês em menos de 30 segundos e de 10 metro quadrados.
GRUPO 3- Phillip (Hippie- Americano), Daniel e Humberto (Italianos).
Línguas- Inglês, Espanhol e Italiano.
Talvez o grupo mais divertido que encontramos. Mochileiros meio sem rumo, que decidiram ficar 2 semanas no Brasil. O americano conheceu os 2 italianos em Iguazú, na Argentina e decidiram viajar juntos. Não há coisa mais divertida nesse mundo do que falar sobre mulher com italianos. Eles não entendiam nada de Português, eu nada de italiano, mas todos se davam bem com o espanhol. Menos o Lucas, que enfiava um inglês e um italiano no meio pra complicar ainda mais. Italianos partiram pra Lapa enquanto eu tinha meu jantar escandinavo. No outro dia de manhã um dos italianos estava voltando da favela, onde fornicou uma brasileira em uma casa com a filha da mulher no quarto! Mamma mia! Os encontrarei novamente em Buenos Aires em dezembro.
Bom, to com preguiça. Tenho mais coisas a relatar mas vou falando aos poucos, os ingleses que perguntavam tudo sobre História do Brasil e me levaram pra balada, os suecos e peruanos no staff do albergue, cariocas agitadas, israelenses bizarros, argentinos donos de albergue em Rosário e fora as histórias fora da Babel Tower carioca que me enfiei.
Um até logo em bom português.
Bom decidi então criar grupos de pessoas que participaram desses 4 dias daminha vida, só para vocês terem uma noção do quão confuso e divertido foi o meu feriado.
GRUPO 1 – Cristine (Sueca), outra Sueca e John (Norueguês)
Línguas: Inglês e Sueco.
Cristine foi a primeira pessoa na vida que realmente desenvolvi um sentimento afetivo falando em outra língua. Aí você percebe que afetividade não muda quando se muda o idioma, Cristine era médica, de Estocolmo e adorava minhas aulas de história do football e ficava de cara do tanto que eu conhecia a Suécia, eu também ficava. Realmente uma pessoa legal, a outra Sueca curtia por demais a cultura brasileira e até sambava na boquinha da garrafa e jogava Capoeira. O norueguês tinha um sotaque carregado e parecia um tenista, como o sotaque era carregado não entendia o que ele falava e só sei isso dele. O melhor episódio com tal grupo foi quando eles me carregaram para um jantar, eu e um grupo de escandinavos, quase me senti um. O jantar? Uma simples pizza gigante, meia Champignon, meia rúcula com tomate seco; mais classe média impossível.
GRUPO 2- Mark (Peruano) e Lucie (Francesa)
Línguas – Espanhol, Francês e Português.
Intercambistas, estudam em Campinas e estão viajando. Ganhei boas dicas para o Peru, e os convidei para uma visita a BH já que pareciam curtir uma cerveja. Subiram Cristo a pé e eram nossos vizinhos frontais no quarto do albergue. Que virou uma torre de babel quando chegou uma carioca que resolveu desfilar seu francês com a francesinha. Português, Espanhol e Francês em menos de 30 segundos e de 10 metro quadrados.
GRUPO 3- Phillip (Hippie- Americano), Daniel e Humberto (Italianos).
Línguas- Inglês, Espanhol e Italiano.
Talvez o grupo mais divertido que encontramos. Mochileiros meio sem rumo, que decidiram ficar 2 semanas no Brasil. O americano conheceu os 2 italianos em Iguazú, na Argentina e decidiram viajar juntos. Não há coisa mais divertida nesse mundo do que falar sobre mulher com italianos. Eles não entendiam nada de Português, eu nada de italiano, mas todos se davam bem com o espanhol. Menos o Lucas, que enfiava um inglês e um italiano no meio pra complicar ainda mais. Italianos partiram pra Lapa enquanto eu tinha meu jantar escandinavo. No outro dia de manhã um dos italianos estava voltando da favela, onde fornicou uma brasileira em uma casa com a filha da mulher no quarto! Mamma mia! Os encontrarei novamente em Buenos Aires em dezembro.
Bom, to com preguiça. Tenho mais coisas a relatar mas vou falando aos poucos, os ingleses que perguntavam tudo sobre História do Brasil e me levaram pra balada, os suecos e peruanos no staff do albergue, cariocas agitadas, israelenses bizarros, argentinos donos de albergue em Rosário e fora as histórias fora da Babel Tower carioca que me enfiei.
Um até logo em bom português.
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