sábado, 29 de dezembro de 2007

Impressoes sobre a terra de Pablo Neruda


Poucas vezes me senti tao perdido no mundo igual no dia que chegamos a Valparaiso. Uma cidade estranha, de gente desconfiada, umas comidas que nao pareciam muito agradaveis. A praia, era toda cortada por uma linha de metro, entao nao dava para entrar na areia. A cidade tem como princiapl meio de transporte os ascensores, que sao elevadore sque sobem o morro. A cidade é a paria, e um tanto de morro, com casas viradas por todos os lados. Um caos daqueles bem bonitos. A cada segundo, a estranheza da cidade foi nos dominando e aos pouquinhos fomos entender o que Neruda tanto falava da cidade.
Valparaiso nos recebeu com um carnaval. Sim, os ultimos dias do ano em Valparaiso eles fazem algo parecido com o nosso carnaval. Muito bom poder ver desfiles nas ruas, gente feliz e todos em seguranca. Lembrou os antigos carnvais em Tres Coracoes. Andamos de barquinho pelo Oceano Pacifico, tomamos um chopp (com desconto para estudante) a beira do mar também, seguidos por uma visita ao Mercado Central e um belo salmao fresco a um preco incrivel para o Brasil. A noite, mais carnaval. Até uma Brahma de latinha no meio de uma batucada de samba (?). Seguimos para a cidade vizinha, Vina del Mar, e vimos como o Pacifico é bonito em um dia ensolarado. E como existe burhuesia chilena, mas enfim, um contato nao CLASSE C de vez em quando faz bem.
Agora estamos mortos por um dia. Em Santiago, capital, onde chegamos em 2007 e saimos so no primeiro dia de 2008.
Até breve,
amo voces.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Atravessando os Andes para mirar o Pacífico

Ao contrário do que foi falado estou em Valparaiso, e nao em Santiago, mas cheguei no Chile.
Cheguei aqui apos uma dia de peripercias, em que fatos foram acontecendo em ritmo alucinado, tal como o primeiro dia de viagem.
Relato ao meus queridos leitores.
Acordei, e apos uma dicussao de roteiro, vimos que o melhor era seguir viagem até Valparaiso, praia na beira do pacífico a 1h30 de Santiago, e depois ir para Santiago.
Saímos do albergue de Mendoza, um pouco maltratados pelo dono, as 7h da manha e pegamos o ônibus para Santiago as 7h30. O ônibus só saiu as 8h porque um padre e duas feiras tinham tanta bagagem que nao deu tempo de colocar tudo.
Comeca a viagem, e o trajeto entre Mendoza e Santiago, atravessando os Andes e surgindo paisagnes diferentes a todo momento foi a coisa mais incrível da viagem até agora. É impossível descrever com detralhes, ou mostrar fotos do quanto é diferente e bonito. Mesmo querendo e precisando dormir e ler, nao conseguia, mais do que cinema, ficava vidrado nas imagens que a imensa janela do ônibus mostrava. Montanhas, neve, rios, sem ser sentimental e nem dar nenhum caô, tive vontade de chorar tamanha beleza do lugar.
Todo esse momento culminou na fronteira entre o Chile e a Argentina, onde descemos do ônibus e sentimos o que é o frio andino. Um vento seco, que entra e machuca as narinas e um frio que esquenta e esfria ao mesmo tempo. De resto, admiramos a paisagem andina fora do ônibus.
Lá fora, um general do exército chileno chega pra falar com nosso motorista, eu, Alexandre e um doidao qualqur fora do ônibus, curitndo um frio vemos o nome do general: Pinochet. Bizarro. Rimos junto com o doidao, mandamos um espanhol com ele e descobrimos que ele é brasileiro, do Sul, mas quando perguntamos onde ele nasceu: Três Coracoes. Eu encontrei um conterraneo, ali, no meio do nada, na fronteira entre argentinos e chilenos. Uma hora na fila da burocracia de fronteira, e cachorros entre a galera cheirando todo mundo, quando o meu conterraneo é cheirado o cachorro fixa nele. Ele é levado junto com um detecitive para uma salinha. Como a gente tava com ele ja chega o cara do cachorro perto a gente perguntando: "Fuman Marijuana?ª "Are you sure?ª ªNo drugs?". Diante das negativas, seguimos o processo burocrático. Tiramos nossas mala do ônibus e todas passam pelo raiio x. Nao da outra. "De quem é a mochila verde?". E lá vai eu, tendo que abrir toda minha mochila para os carabiñeiros chilenos.
Passamos pela fronteira, e depois de mais 2 horras de lindas paisagens chegamos a Santiago, onde só almocamos e seguimos para Valparaiso, mais uma hora e meia.
Chegamos aqui por volta de 20h da noite. E perecebemos o quanto bizarra a cidade é. VImos o Oceano Pacifíco, mas só de longe, porque ontem nos pareceu impossivel atravessar a linha de trem e o porto na frenteda praia. Hoje pela manha até navegamos e ficamos borrachinhos na beira dele! Enfim, estamos entendendo o Chile aos poucos, e sentindo frio, na praia, em pleno final de dezembro.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Fatos e Fotos

Chegando ao fim a estadia em Mendoza. Cidade estranha essa, no dia 25, ontem, passou um disco voador aqui e levou todos da cidade, parecia uma cidade fantasma. Hoje, descubro que Mendoza nao é tao tranquila como imaginava, mas que tem uma vida também, e bem agitada. Mas pelo visto, no dia 25 todos ficaram com ressaca da ceia.Os acontecimentos extraordinários nao foram tao presentes aquí como em Buenos Aires, o que nao faz o passeio cair de qualidade.
Escrevo nesse post, junto com noticias de Mendoza, varias ideias que estao na minha cabeca que perambula ao lado dos Andes.Primeiro, um recado homenagem a duas mulheres, Mara Rita Pompeu Coelho Machado e Mariângela Dias da Mota Gabriel, respectivamente as mulheres que comecaram a historia dessa viagem parindo os viajantes há mais de 20 anos.A homenagem é simples, só dizer que amamos bastante e que sentimos saudades do colo materno. Mas o fato curioso é que a leitura da noticias desse blog, e de e mails nossos das duassao bem peculiares. É estranho, interessante e divertido o quanto uma noticia simples vira uma preocupacao que nos arranca sorrisos aqui nos Andes. Advertencias sao bem recebidas como cuidado pela carteira quase roubada, ou pelo machucado no pé, ou por simples bebedeiras. Mas conto, em segredo, maes, que estamos com saudades é de ouvir essas recomendcoes ao vivo.
Mas despereocupem-se. Existe gente pior do que nós, no nosso albergue aquí em Mendoza, 3 amigos, franceses, estao viajando. Dando a volta ao mundo, por 1 ano. É comum encontrarmos europeus que viajam 3, 6, 12 meses e nao mero 52 dias como nós. Esses franceses, de Marsella, ja estao a 3 meses na America, depois seguem para Oceanía, Asia, Africa e Europa. A pesar de sermos amigos (junto com 2 amigas de Buenos Aires) eles sao mais empolgados, tem mais dinheiro e nao os acompañamos tanto, como diz o velho filósofo “passarinho que anda com morcego acorda de cabeça para baixo”.
Acá em Mendoza muitas diversoes turísticas. Hoje visitamos 2 bodegas, degustamos, burocráticamente vinos e uma fabrica de azeite e uma de Licores. Na de licor, resolvemos innovar. Podia degustar um sabor e escolhemos licor de tabaco. Resultado: copo pela metade. Ontem, quando a cidade estaba de resaca, caminamos por mais de 2 horas por um parque, Parque San Martín, gigante (umas 3 federais) onde conhecemos o estádio Malvinas Argentinas, palco da Copa de 78. Tirando isso, a ceia em Mendoza foi ótima, comemos carneiro e dancamos salsa.
Amanha, as 7h30 da manha como a Milena pediu, pegamos um onibus e atravesamos a fronteira rumo a Santiago, obviamente, no Chile. Dou noticias de lá. Serao 7 horas de viagem pela cordilheira dos Andes, mas despreocupem se maes, isso significa que a viagem é bonita, e nao perigosa.
No mais a novidade é que tenho algumas fotos na internet. Quem quiser ver é só entrar no meu album de fotos do orkut, sao só 6, de Buenos Aires. E quem nao tiver orkut, arruma alguém que tem e ve. Ou deixa o e mail aquí no blog que eu mando assim que der.
Ultimos besos argentino, animado para mandar besos chilenos.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Mais de 1000km por estradas argentinas

Pois é. Depois de mais de 1000km de andanças pelas estradas argentinas cheguei em Mendoza. Mas nao pensem que foi fácil, muito menos tranquilo. Divertido foi.
Saímos as 19h do albergue, pagamos $18 pelo Táxi até a rodoviária.
Imagina a rodoviária de BH nas véspera do Natal, agora imagina se BH fosse a capital do país, e que toda Argentina mora lá e quer ir passar a navidad com a família. Entao imaginem o caos que me instalei. As plataformas de embarque sao caoticas, e voce so sabe qual plataforma sai o seu onibus, quando anuncias, em espanhol e muito rapido, no sistem de som. Ainda por cima, parece ser comum atrasos, enfim, deu 20:20 e nada do nosso onibus. No meio dessa tensao uma mulher tentou roubar minha carteira. Aquela velha historia de alguem te distai e a outra enfia a mao no teu bolso, Alá me ajudou e eu conferi se a carteiras estava la bem na hora que a hija de puta enfiava a maozona lá.
La pelas 21:10 nosso busao chegou, bonitao, cheio de gringos, e com serviço de bordo. Sanduiches e alfajores, além de água e café! O busao deitava bem, mas eu queria dar uma de Didi e ir vendo a paisagem, e no nosso lugar nao era possivel. Mudei, fui pra ultima cadeira e deixei o Xandim lá, bodando. Me preparava para dormir, escutar uma musica, quando o DVD liga, achei estranho. Começa um filme de açao japones. Que envolvia historia, mas para entender tinha que saber diferenciar coreanos de japoneses, porque era alguma coisa assim. E com legendas em espanhol. Isso la pelas 22h, e sem brincadeira, nao tinha 30 seg sem um barulho de tiro na tela, era fuzilaçao mesmo, uma menina do filme foi assassinada umas 30 vezes, e com tiros bem dados. Isso porque crincinhas, de 5 anos estava na minha frente, assistindo essa obr de arte.
Resolvi botar um Cartola no MP4 e ir escutando, na hora que o sambista ja falava que o mundo era um moinho, um argentino me pergunta alguma coisa. Eu respondo, pronto, nao vou dormir mais, sou brasileiro e ele quer saber tudo. Tudo sobre "O Clone", novela que para ele es incribile, e que lo mejor actor del mundo es Murilo Benicio. Peça rara. Depois ele veio com uns papos de religiao, me perguntando coisas e tal, falou que era evangelico, mas pelo menos nao tentou nenhum tipo de recrutamento evangelico latino pelas estradas argentinas. Mas me falou sobre um congresso que foi na Coreia e na Malasia, me mostrei um pouco interessado pelos paises e pronto, o sujeito vai la na frente, pega sua máquina digital, e começa a me mostrar centenas de fotos do congresso, videos do pessoal cantando e tal. Ceeerto. Resolvi perder a vergonha e mandei um "Rafael, voy dormir ahora, estoy cansado", ele pegou meu e mail e falou para combinarmos de conhecer a universidade dele em fevereiro. Ok. O cara era legal, mas depois disso... sentou se do meu lado, e em 5 minutos começou a roncar muito, e lento, parecia que cada respiraçao era feita para nao me deixar dormir. Quase acordei o cara para falar que se ele parasse, eu me convertia. Resolvi relembrar uma noites mal dormidas infantis que tive quando ia a hoteis e dormia no mesmo quarto que meu pai (que tem um ronco bem parecido). Lembrando disso me adaptei e dormi. O ônibus parou na divisa entre as provincias de Mendoza e San Luis, e disfrutamos de um cafe da manha tradicional argentino por conta da empresa! Que bueno! Depois de tantas peripercias, estamos bem aqui.

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Mendoza me parece agradavel. Muito, cidade dos vinhos, parece bem mais tranquila que Buenos Aires, e mantem um clima de interior gostoso.
O albergue é ótimo. Quarto espaçoso, o banheiro tem até bidê (a invençao do século XX), e tem uma piscina. Ceiaremos la hoje, por $20.

Para os leitores aqui, manda um Feliz Navidad! Com muita boas vibraçoes minhas e do Xandinho que estamos com saudades!
Besos natalinos e mendoncinos!