sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Na paz de La Paz

Ta. Nao e bem a cidade mais pacifica do mundo, pelo contrario, o transito e caotico, todo mundo buzina, uma pa de gente te pede esmola, os vendedores te pressionam ate por uma venda.
Mas pelo menos La Paz e bem melhor que as cidades anteriores que passamos na Bolivia. Alias acho que e uma cidade que promete.

Tudo volta a ser bom por aqui. Ainda em Sucre pegamos o onibus ja com o receio da experiencia anterior. O onibus, para mim, foi a oitava maravilha do mundo. os bancos reclinavam, dava pra esticar as pernas e em vez de musica boliviana passaram um filme de Bang Bang. Nao que eu goste de bang bang, mas e melhor que cumbias e demais ritmos.
A unica estranheza foi colocar a bagagem. Voce tem que etiquetar no mesmo lugar que compra as passagens, no segundo andar da rodoviaria, o primeiro ficam as plataformas. Voce etiqueta, e eles joam sua mochila, la de cima, ate a plataforma de embarque, tem uma cordinha que auxilia, mas pouco.

O onibus saiu na hora certa e, incrivelmente, chegou 1h30 antes do previsto! Resultado, eu e o Xandinho, 5h30 da matina, passando um puta fro na rodoviaria de La Paz sem saber pra onde ir. Na cara dura viemos ao albergue, o cara foi gente boa, guardou nossas mochilas mas a gente s'o podia entrar no quarto as 13h. Depois de esperar o tempo passar fomos rodar por La Paz e observamos uma cidade grande, com todos sues problemas e diversoes, mas que, por enquanto nos encanta muito.
Al'em de maercados artesanais visitamos Igrejas e vimos quanto o pessoal aqui tem f'e. Sem querer discutir politica, religiao e futebol, mas nao posso deixar de comentar o quanto espantoso e ver um povo com descendiencias indigenas claras, todos com cara de indio mesmo, serem tao passivos a um passado tao sofrido por eles. Ponto final na discussao.
A visita interessante do dia foi a no Museu da Coca, um museu de um velhinho psiquiatra simpatico, que mostra todas informacoes sobre a folha de coca. Desde origens historicas, caracteristicas bilogicas, ate a producao e consumo da cocaina e da Coca Cola. Interessante demais.
No mais, a Bolivia passa a me encantar. Somente ainda nao gosto dos ovos bolivianos, cada vez que como um derivado deles el doctor Barroso me chama para dar aquela conversada.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Coisas da Bolivia.


Primeiramente a foto postada nao tem nada a ver com o texto de hoje. A foto e de um momeno bem agradavel, o por do sol no Salar do Atacama, ha uns 4 dias atras. E so mesmo para voces matarem a saudade das nossas caras e tal. E se preparem para a peripercia que vivemos hoje.

Chegamos a conclusao que, se Deus nao ora pela Bolivia, ora muito menos por Uyuni, a cidade que a gente estava. Se eu fosse adepto do Sata, abria uma igreja la, com garantia de sucesso.
Depois de dois dias meio tediosos, as 18h30, saimos feliyes rumo a rodoviaria (que e na verdade uma rua) para pegarmo um onibus rumo a Potosi, e, quem sabe, arrumar um jeito de ir ate Sucre no mesmo dia. Chegamos, vimos que tinhamos um conforto, uma salinha para esperar com sofas e mulheres velha bolivianas encostadas, ja chegaram tres brasileiros e um papo bom comecou ate a moca da Compania avisar.

_ El coche (onibus) sala as las ocho.

Welcome to Bolivia. Uma hora depois do esperado partimos em um onibus que pelo lado de fora parecia bem melhor do que esperavamos. O esquema e o seguinte: gringos compram passagem e vao sentado, quem compra antes vai sentado, quem quiser, vai pagar depois e vai em pe mesmo. Sentei na minha cadeira 9, corredor, e uma pa de gente estava em pe. Um boliviano se instalou bem do meu lado e sempre que alguem queria passar ele enfiava, com gosto,o suvaco na minha cara. O CC de boliviano e estranho, e um fedor de roupa um fedor de roupa suja misturado com cheiro de folha de coca, eh ate melhor que o CC brasileiro em onibus da BHtrans. Eu nao tava acreditando que aquela galera ia em pe mesmo, mas enfim, mesmo uma velha, que tinha la seus 70 anos, sentou nas suas trouxas no corredor e foi, empeyona no que era previsto 7 horas de viagem. O cara do CC saiu do meu lado, mas do nada, um menino se instalou no lugar do corredor que eu colocava meus pes, ja que a poltrona era demasiada apertada. Mas trnaquilo, corredor de onibus, assim como a Bolivia, e terra de ninguem. Continuamos a viagem, e a musica nao parava. Sim, durante toda a madrugada musicas barangas em espanhol tocavam em uma altura consideravel, e me atapalhavam a (tentar) dormir. Um outro brasileiro sofria com uma goteira que caia na sua cabeca, e o outro com um bebe que chorava no colo da mae do seu lado.
A estrada era pessima, de terra, e lamada pela chuva, e ainda era ingreme. Direto o onibus diminuia, encaixava a roda em algum lugar e ia, meio no escuro. De vey em quando ele parava e seguia, sem dar explicacoes, uma hora alguma coisa bateu muito forte na lateral dele, mas a gente chegou sem descobrir o que era.
La pela 0h o motorista anuncia 25 minutos para o jantar, no meio da estrada numa casinha de barro feia e no meio do nada. Fui descendo para o banheiro quando vi que todos se encaminhvam para a estrada, e terminavam suas ansiedade ali mesmo, homens e mulheres. Bom os 25 minutos viraram 1 hora e so o motorista jantou, acho que ninguem teve coragem de comer o Picante de Pollo (um frango apimentado) que a espelunca oferecia.
Seguimos viagem, e as 4h da manha, quando eu ja estava tranquilo com a situacao, oonibus para, no meio do nada, e desliga. Ninguem reclama, ninguem diz um palvara. Achei que ia ser rapidinho, depois de 1 hora, continuavamos parados e nada. Finalmente o povo boliviano resolveu reagir, e pbnater na cabine do motorista, trancada. O cara disse que queria ir no banheiro, e o mostorista simplemente resusou. Falou que nao, que nao podia descer, igual professora primaria. E o cara aceitou. Mais mei hora outro grupo tentouuma investida sobre a cabine, e obteve a resposta do que estava acontecendo. O motorista mandou, na lata:

_ Para! Estoy cansado! Necessito descansar!

Um dos brasileiros ja mandou em bom portugues:

_ Que isso! Ta loco amigo?

Por pressao ele abriu a porta, e ja no amanhecer, descemos e eu passei um dos maiores frios da minha vida. Pelo menos vimos que nao era so o motosrista descansando. Uma carreta tinha desliyado na pista e encostou levemente em um caminha de carga combustivel. Isso fechou a pista e o motorista aproveitou para tirar aquela siesta, as 5h da matina. Poucos minutos, o pessoal resovelu parar de ser engenheiro, cavar uma vala de alguns metros e empurrar na tora mesmo. Liberou a pista,e, depois de 2 horas parado, em menos de 20 minutos, chegamos a Potosi.
Em Postosi, compramos passagem para Sucre, em um onibus mais arrumado, tiandoo fato que venderam meu lugarpara uma mulher tudo deu certo. Mas atracao e atracao e uma mulher sentou se do meu lado, me deu uma resvista e uma leve pregada para eu virar um testemunho de Jeova. Como o meu livro do Tim Maia ta acabando vai ser minha proxima leitura de viagem.


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Passamos o dia hoje na agradavel Sucre, que dzem ser a mais bela cidade boliviana (imagina as mais feias) passeinho legal, mas ja seguimos amanha para a capital desse pais meio esgringolado, La Paz. Chegamos la so dia 11, mas ta valendo. Cada vey mais admiro o Evo Morales, alguem querer tomar conta desse caos aui tem que ser muito forte mesmo viu.

Mas a gente continua nesse pais a la Tom Ze, atras da vida pra poder morrer, despedindo pra poder voltar.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Aproveitando, intensamente, o tal do mundo real.

Ficar tres dias na Bolivia sem escrever nada aquí no blog é bastante desesperador para minha memoria e para a criatividade que eu tento impor aquí no blog.
Acontece tanta coisa que guardar e saber o que escrever e complicadopor demais.
Primeiro peco desculpas pelos erros de pontuacao que vao ser frecuentes. Teclados bolivianos sao demasiados complicados, e nao contem acento, ponto de interrogacao, quica um parentese.

Para tentar relembrar esse dias, divido-os em dias mesmo. E o aproveitamento do fim do mundo real comeca ainda na noite do dia 4, 20 minutos depois de postar pela ultima vez aqui.

Dia 0 ou noite anterior – Eu e Alexandre caminhavamos felizes para o Albergue em San Pedro de Atacama, as 22h, indo dormir, descansados, para rumar a 3 dias de passeio no meio do nada. Brasileiros diversos apareceram do nada para e nos chamaram para tomar uma. Pra variar, aceitamos. O grupo era brasileiro, mas bizarros. De drogaditos, a policiais conservadores belorizontinos, a cariocas galanteadores, tinha de tudo. As 1h da manha nao se pode mais vender cerveja em San Pedro. Xandinho foi um menino responsavel e deu o perdido, sem despedir nem de mim vazou. Eu, acabei entrando na onda, e fui comprar cerveja clandestina com chilenos. Sim, voce é multado pelos Carabineros del Chile se ficar tomando cerveja depois das uma. E se dancar na rua também. Os chilenos pararam o carro no meio da rua, ligarama um Jorge Ben Jor bem alto, e ficamos todos, bebendo a deliciosa cerveja clandestina. As 4h30, percebi que só tinha mais 2 horas de sono e decidi voltar pro albergue. Meio bebado, cheguei fazendo barulho e acordando o sono do Xandinho, mas do nada, algo que jamais imaginaria ver. A terra comecou a tremer! Sim! Vimos um terremoto que durou uns 8 segundos... tá, foi um tremorzinho de terra, mas valeu. Inicialmente, o Xandinho, e eu também, achamos que era coisa de bebado, ou que a gente tava sonhando, mas no dia seguinte, isso foi assunto na cidade. Até as 8h da manha, quando a gente tava tirando foto na beira de um vulcao.

Dia 1 - Partimos, eu meio de ressaca em um onibus ate a fronteira com a Bolívia. La conhecemos 3 mulheres, Vera, Terezinha e Marta. Eram brasileiras mais velhas, que nos acolheram como maes. Ao me verem comecar a sofrer com altitude nos deram recomendacoes, nos reprimiram por eu estar de ressaca, nos doaram algumas folhas de coca que mascamos para nao sentirmos tanto o efeito da tao falada altitude. Mascamos, bebemos agua, recomendacao das maes, e fomos subindo pela Bolivia, agora a bordo de um 4x4. Nosso carro tinha o motorista, Zamiro, boliviano, tres holandesas e um suico, o Benno. A altitude pega viu. Faz frio, falta ar, o coracao dispara com a minima forca que voce faz, e a folha de coca resolve, mas te um gosto tao ruim quanto boldo. Subimos a 5000m de altitude, um lugar com geiseres com atividade vulcanica ativo, tipo fumaca saindo do nada. Lindo demais. Mas a 5000m uma holandesa passou mal, ao mesmo tempo, tao incrivelmente quanto ao tremor, comecou a nevar!!! Sim, alem de um tremos de terra, em menos de 24h, vimos nevar! As holandesas desesperadas para sair daquela altitude e eu e o Xandinho, pagando de brasileiro, curtindo por demais aquela neve. Nesse mesmo dia, ainda vimos lagunas lindas, a beira de montanhas, de uma cor meio inexplicavel por palavras. Algo meio azul piscina. Tomamos banho em águas termais de 37 graus, sob montanhas nevadas e chegamos para dormir em um alojamento simples, a beira da Laguna Colorada. A chuva apertou, o que poderia acabar com o passeio, mas fez muito frio, muito mesmo. Depois de uma boa lorotadina, dormi com um anjo.

Dia 2 - Um dia de andancas. Andamos naquele 4x4 muito, parando em lugares nem tao memoraveis assim, mas que valia a pena demais pela paisagem. Vimos pedras, lagunas diversas. Flamingos por demais, e um pasto, gidgante, com Lhamas até encher o saco. Muita Lhama mesmo. Tanta lhama, somada ao tedio de 4x4 que eu e o Xandinho comecamos a criar o roteiro da proxima animacao da Pixer, que envolvera animais, a la Procurando Nemo. O personagem principal é Olívia, a lhama da Bolívia, que vive aventuras pela Bolívia e pelo Peru com seu amigo Zamiro, o flamingo amigo. Além de uma estratégia boa de conquistar publico sul americano o roteiro é ótimo, fica para um próximo posto. No mais, o dia ficou na interacao Bolivia/Brasil/Holanda/Suica. O boliviando mascava coca, as holandesas nos mostravam musicas tipicas dos Paises Baixos e o suico peidava, sem nenhum constragimento. E de novo, depois de um reencontro com nossas maes adotivas e de 2 cervejas bolivianas tomadas na altitude fomos dormir.

Dia 3- Hoje comecou bem. Eu e o Xandinho todo de bom humor, o suico peidando e as holandesas meio de mau humor. Cafe da manha e partimos rumo a um dos lugares mais incriveis que eu ja vi na minha vida, o Salar de Uyuni. É um deserto todo de sal, que faz voce ver tanto branco ate perder de vista. A chuva do primeiro dia alagou o Salar, o que fez a gente andar sobre a agua o tempo todo, mas alem do branco, a agua refletia todo o ceu, e era mais uma vez, indescritivel. Andavamos sem saber pra onde, so viamos branco, e agua, era como existisse dois céus. Visitamos uma ilha com cactos gigantes, no meio desse sal todo, e um hotel, meio sem graca, feito todo de... SAL! O incrivel mesmo foi o salar, experiencia pra vida toda, acho que nao vou ver nada igual. Mais uma vez, queria que voces estivessem aqui para ver.

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Acrescenta uma coisa e dois personagens que sinto falta por aqui. A coisa é feijao, o saudade que eu to disso. E as pessoas e suas respectivas coisas é o Didi, e curtir observar uma paisagem com ele me fritando, e o senhor Lucas Paio, descobrindo cardapios e situacoes engracadas na viagem. A proposito, os elogios que recebo pelos escritos ao blog, dedico a ele. Seu blog o www.biselho.blogspot.com foi um grande inspirador da maneira que escrevo aqui.

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Estou pela primeira vez em uma cidade de merda. Uyuni, sul da Bolivia nao tem nada. Chove pra caralho, parece que todo mundo quer ganhar dinheiro em cima de turistas, tem pouco onibus para outras cidades e é por isso que passamos uma noite aqui. porque todo mundo quer sair, mas as empresas nao tem onibus, so amanha, as 18h30. Ta ok. Amanha seguimos para Potosi, ou Sucre, sabe se la como, porque pela chuva, acho que o mundo acaba aqui em Uyuni mesmo.

Comentem mais. Me gusta mucho los comentarios.



Lhama Olivia