sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

No frio de Copacabana

Ja me encontro em Cuzco, Peru. Cidade maravilhosa pelo pouco que vimos, toda historica, toda mistica e perto de Matiu Pitiu, onde devemos ir no Domingo ou na Segunda.
Mas ainda tenho poucas coisas para escrever sobre aqui, por isso, fico na cidade anterior, Copacabana.
Sim, relembra o bairro em que mais fui feliz nessa vida, desde crianca com o Vo Machado, ate a vida pseudo adulta, com farras de Carnaval. Em vez de mar, a Copacabana boliviana e banhada de cabo a rabo pelo Lago Titicaca, o lago mais alto do mundo, que se fede um pouco perto de Copacabana, proporciona paisagens maravilhosas quando se navega pro suas ilhas.
Depois do cansaco e a gripe que sempre chegou no quase a nos atacar, decidimos, pela primeira vez na viagem, descansar. Aproveitamos a lei do "quem converte de diverte" e, por 10 reais para cada um alugamos um quarto privado, uma cama de casal e uma de solteiro, banheiro privado e so para nos, e ainda um TV a cabo qeu nos brindava com canais bolivianos, Fox Sports, e HBO. Foi o suficiente para um bom dia de descanso, passsamos o dia dormindo, comendo e vendo TV. No outro dia conhecemos a simpatica Copacabana, com sua Catedral monumental e essas coisas. De praxe, os bolivianos (moeda) acabaram em um certo momento e fomo procurar o cajero eletronico de Copacabana. Andamos e nada, perguntamos em surpresa: pela primeira vez estavamos em uma cidade que nao tinha esses caixas. E agora? Quem podera nos ajudar. Nao foi o Chapolin nao, futuramente foi a Renatinha. Mas antes, contamos o dinheiro que ainda tinhamos. Sim, dava pra ir ate Cuzco, mas nao dava para apssar uma noite na Ilha do Sol (ilha sensacional no meio do Titicaca) e comecamos a cogitar a ideia de abandona-la. Mas nao, quand eu iria voltar em Copacabana? Foi dando desespero e armando uma chuva, ao mesmo tempo.
Xandinho, a la Che Guevara em Diarios de Motocicleta, tira 40 dolares doados por sua namorada, e, gracas a Deus, nao era para comprar calcinhas nos Estados Unidos, e vai para o hotel escapar da chuva. Eu, tento ligar para o Brasil para saber quanto eu iria ter que pagar se tirasse dinheiro do cartao no credito, o que era permitido. Descubro, pra variar que os bancos iam me roubar e comeca a nevar cabulosamente, e eu ali, preso, com 40 dolares, numa cabine telefonica. Resolvo andar (depois da neve), faco uma chola fazer descontos em uma casa de cambio, pelos 40 dolares consegui 300 bolivianos, ainda insuficiente, e descubro o unico restaurante de Copacabana a aceitar visa, a janta estava garantida. Volto ao albergue e o Xandinho, apos fucar as malas, acha 22 reais, e 25 pesos argentinos. Volto na casa de cambio e consigo mais 130 bolivianos. Pelas contas, e contando a janta no restaurante do Visa, dava. Fomos para nossa ultima refeicao em Copacabana, em um hotel dos mais chiques, que por isso, aceitava o cartao magico. Era daqueles restaurantes que se come pouco e paga muito, bem chique mesmo, com buffet de saladas e vista para o lago. Pratos bem montados, para mim filet mignon e para o Xandinho uma truta muito bem preparada. Os franceses, e ricos no hotel nos olhavam pensando que que esses dois classe C tao fazedo aqui.
No espirito, nos esbaldamos no buffet de saladas que era a vontade.
8h30 da manha e o barco da Titicaca Tours no levava ate a ilha, superlotado, gerando protestos e tudo mais, eu tava e feliz. Chegando na Ilha, nao sabiamos que pagavamos 10 bolivianos para ver as ruinas, mas pagamos. 20 a menos na conta. La um guia apareceu do nada e fazia questao que todos ao redor ouvisse as explicacoes meio bebadas dele. A ultima atracao era um labirinto Inca, e o guia, ao terminar a explicacao pediu 5 bolivianos por pessoa de contribuicao, olhamos um para o outro, e vazamos, nos escondendo e embrenhando no meio do labirinto sem pagar ouvindo os gritos do guia:
_ No sejan mal amiiiiigooos!
Ceerto.
Ao chegar na aprte mais habitada da ilha, fomos procurar hospedagem barata e comprar a apassagem de volta para o outro dia, 10 da manha e descobrimos que a volta e 100% mais cara que a ida. Que bueno. Trocamos ideia com o motorista do barco, e acertamso, que, se fossemos no proximo barco, pagariamos 50% do valor, que obviamente iriam para o bolso dele, ja que eles no mandou ficar em silencio. Assim que aportamos em terra firme conseguimos mais 20 bolivianos de desconto na passagem para Cusco, e fomos atingidos por duas bolivianinhas com baloes de agua. Choramos desconto no hotel, e conseguimos um quarto bom.
Cheguei a classe Z esse dia, pechinchando, e sendo pobre na Bolivia.

Mas ja em Puno, sacamos dinheiro e somos da Classe C de novo, na cidade imperial de Cusco.
Aguardem noticias.

4 comentários:

Unknown disse...

Thales,esá muito engraçada esta parte.Depois do sufoco da até pra rir nao é?bjinho.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
mara disse...

Thales, essa cidade deve ser maravilhosa, tenho muita vontade de conhecer esse lugar.
O comentário de cima é meu, eu que mandei errado.

te amo, beijos
Mara

Guid disse...

20gThales e Xande,

Até que enfim um sufoco. Deve ter sido bem apavorante para vcs ficarem sem dinheiro, mas que rimos até da situação não podemos negar. Juízo e se previnam para não passarem novamente.
Saudades. Bjs
Mariangela