Eu sou do tipo que acredita que o mundo tem vários fins do mundo. Os fins do mundo bons e ruins, aqueles lugares que nao se da nada por eles e aqueles fins de mundo maravilhosos como esse que me encontro.
San Pedro de Atacama é o nome da cidade. Um nadinha no meio de um nadao. Bem no centro do deserto mais alto e mais seco do mundo, o Atacama.
A cidade é basicamente uns 8 quarteiroes, onde voce anda e frequentemente a cidade acaba. Talvez esse aqui seja o fim de mundo mais turístico que existe, nos poucos quarteiroes encontramos 3 tipos de casas, todas de adobe mas que funcionam como hospedagem, agencias de viagem e restaurantes bem descolados no clima deserto. É sensacional estar em uma cidade que deve ter uma agencia de turismio por nativo. De fato, os turistas aqui (na maioria inexplicavel francesa) somam mais de 3 vezes a populacao local. E todos estao aqui por atrtacoes que estao a kilometros da cidade, para isso servem as agencias de turismo. E foi por esses passeios que viemos aqui.
Já chegamos, instalamos em um quarto para 8 que estava vazio, mas logo se alojara mais dois belorizontinos e quatro portugueses. Dominamos o idioma.
Contratamos a empresa de turismo, e passamos aos passeios.
O primeiro dia fomos ao Valle de La Luna, talvez um dos lugares mais incríveis que eu já vi na minha vida. O lugar tem esse nome pela formacao rochosa, no meio daquele mar de areia do deserto parecer o solo lunatico. Essa comparaçao é um pouco forçada, mas o lugar é lindo. Ao mesmo tempo que observava o lugar e ficava maravilhado com aquilo, me desesperava por saber que nunca iria conseguir escrever, contar, ou mesmo mostrar em fotos que tiravamos alopradamente o que eu estava vendo naquele lugar. Com o por do sol, dunas, formaçoes rochosas, misturados ao sol que fazia com que o ambiente apresentasse cores que eu nunca tinha visto e creio nunca vou ver de novo. Isso tudo no deserto. Do passeio, ainda vale o destaque a bolinha de tênis achada no meio do deserto, e da subida que me fez, pela primeira vez sentir o despreparo físico e/ou altitude (2.735m) na viagem. Se for altitude, estou lascado, nosso destino daqui a uns 6 dias tem 4100m, Potosí, na Bolìvia.
Hoje fomos a dois locais bem interessantes. Um povoado, chamado Toconao, abriga um antigo rio (antigo mesmo, ja que hoje ele è um corrego) no meio do deserto. O rio, virou um caniion, que pela pouca água que ainda passa se transformou em um bosque! Do nada, depois de 2 dias respirando poeira desertica entrei em um bosque e relembrei o bem que o verde faz. Seguimos ao Salar de Atacama. Um deserto de sal. Uma lagoa existia ali, secou em frande parte, e ficou o sal, era sal até perder de vista, e algumas poçasa da lagoa, onde flamingos passavam a tarde tranquilos, mesmo com a nossa presença. O por do sol foi sensacional, aliàs o por do sol tem sido sensacional nos últimos 4 dias.
Agora, vou passar minha última noite aqui, nessa cidadezinha de fim de mundo, sem uma casa de tijolos, quiça um predio, que lembra a cidade do filme "A máquina" que alias é minha dica cinematográfica de sempre (em Santiago, a Valentina a recepcionista gente boa do albergue, para quem o Xandinho ensinou toda sua malemolencia do samba, conhecia esse filme, achei incrível).
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NOTA SOBRE A SAUDADE
Eu sempre curti uma saudade. Como Brás Cubas disse em suas memòrias póstumas é sensacional usar uma bota apertada só pelo prazer de tirá-las e colocar os pés na água. Essa viagem me traz um sentimento estranho da saudade. Já senti saudades de gente que já virou presunto, de gente que nao gostava de mim, de cachorro, ja senti saudade de como a pessoa era, mesmo achando que ela estava melhor do outro jeito, já senti saudade e raiva junto, e já senti saudade sem saber.
A saudade atual, aperta mais a cada dia e é bem diferente. Diferente porque nao estou a uma ligaçao de celular e uym encontro daqui a 20 min na Praça da Liberdade. Mas a principal diferença é que a saudade existe, mas a necessidade de continuar feliz por aqui existe taoforte quanto. Ai chego a conclusao que essa saudade é ainda mais sáudavel que as outras, é a vontade de que as pessoas queridas estivessem vivendo isso aqui comigo. É a vontade de ter a Natália do meu lado no por do sol no Valle de La lunda, a vontade do Thomaz me acompanhar em um bife de chorizo na Argentina, vontade de meu pai estar do meu lado quando fui ao Estádio Sausalito, no Chile, onde o Brasil jogou a Copa de 62 e nosso Garrincha fez história. Vontade de ver minha mae entrando nas lojinhas de artesanato inca e se encantando com as bonecas incas, que só nao levo de presente porque virariam areia do deserto na minha mochila. Saudade que me faz querer uma saída noturna pelas cidades latinas com o Túlio, rir dos outros com a Clarice, descobrir pessoas incriveis com a Ju, encher a lata de Quilmes com Paulinha, Chcuk,Luiza MAria e cia, ir no Mc Donalds latino e descobrir novos Cheddar com a Horta. Fazer milhoes de coisas com milhoes de pessoas.
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Bom, esse post gigante se deve ao fato que amanha pego um 4x4, sigo no deserto pelo Salar de Uyuni até a Bolívia. Esse percurso dura 3 dias, entao sumirei do mundo virtual durante esse tempo, garanto entretanto, que aproveitarei o mundo real pra caralho.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Agradecendo do deserto
Postagem ràpida direto do Deserto do Atacama só para agradecer a Pedro Guedes, o famoso Guedao, ou Guedesign pelo novo template e pela nova cara que ele deu ao blog.
Valeu demais Guedao, ficou bem doida viu.
Se você ler aqui, eu e o Alexandre tivemos uma idéia que, se bobear, você ou algum leitor tem idéia de como fazer. Queríamos colocar duas coisinhas no blog, no cantinho assim, um relógio, contador, algo do tipo, para saber quantos dias de viagem já sao (hoje é o 17 dia, de um total de 52). E um painel falando em que cidade a gente tá e tal. Sugestoes sao bem vindas.
Ainda hoje, mais tarde, vou tentar postar as impressoes aqui do deserto, já que amanha saimos rumo a Bolìvia em um caminho por desertos, vulcoes e salares que nos fará ficar 3 dias sem nenhum contato com o mundo.
Valeu demais Guedao, ficou bem doida viu.
Se você ler aqui, eu e o Alexandre tivemos uma idéia que, se bobear, você ou algum leitor tem idéia de como fazer. Queríamos colocar duas coisinhas no blog, no cantinho assim, um relógio, contador, algo do tipo, para saber quantos dias de viagem já sao (hoje é o 17 dia, de um total de 52). E um painel falando em que cidade a gente tá e tal. Sugestoes sao bem vindas.
Ainda hoje, mais tarde, vou tentar postar as impressoes aqui do deserto, já que amanha saimos rumo a Bolìvia em um caminho por desertos, vulcoes e salares que nos fará ficar 3 dias sem nenhum contato com o mundo.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Mais impressoes sobre a terra de Neruda (Año Nuevo)
E eis que depois de duas noites, que se nao foram desagradaveis, tambem nao foram dignas de postagem na capital chilena, Santiago, resolvemos, devido a varios motivos, sair da paradeira da capital chilena, de novo rumo a praia, Valparaiso para passar a meia noite do dia 31.
Meio na loucura, seguimos para rodoviaria, compramos nossas passagens para La Serena no dia 1 pela manha, e a ida e a volta para Valparaiso. Ida as 15h40 do dia 31, e volta as 6h55 do dia 1, 2 horas de viagem cada trajeto.
Chegamos em Valpo (sim, já estamos íntimos do local), e começamos o caos de Año Nuevo. Fomos comer alguma coisa, uma pizza de marisco, 20min para um garçon atender, 30min para chegar o refrigerante quente, mais 25min para trzerem gelo, mais 20min chega a Pizza, comemos em 5min, e mais 45min para pagar a conta. Quase demos o tomé mesmo, e saimos sem pagar, mas o risco de passar a virada com os carabiñeros de Pincochet nos controlou socialmente.
Agora, controle social é o que nao existe em Valparaiso no reveillon.
Demos uma volta na cidade, vermos onde dava pra tomar uma, se era melhor ver os fogos na praia ou nos morros, tomamos uma Paceña (cerveja boliviana, uma merda) e optamos pela praia.
Ligamos para as nossas respectivas pessoas queridas e seguimos a Plaza Sotomayor, onde clipes anos 80 animavam a galera, que começava a cajubrinar. Eu e o xandinho começamos também, depois da Paceña, um chopp Cristal, uma Escudo, e finalmente uma Brahma de 1 litro, tomada as 23h (horário de Santiago) e a 0h (horário de Brasília) para comemorarmos o reveillon brasileiro. Contamos de 10 a 0, abrimos a Brahma, mandamos pensamentos positivos e fomos esperar nosso reveillon. Achamos umas cbines telefonias internacionais e tivemos a briulhante ideia de ligar para as respectivas patroas do passado! Sim! Ligamos de 2007, pra Renatinha e pra Natalia que já estavam pelos 35 minutos de 2008! Eita relatividade...
Bom, o que menos importa é o momento dos fogos, que foi bonitao, a la Copacabana.
Importa é que dpois da mistura de cervejas eu parei de beber, Xandoca também. Tava meio cheio de gás, a la terceiro ano, mas enfim, depois de uma hora sentado,descansando voltamos aos lugares da bombancia. Nosso grauzinho alcólico deu para dançarmos cumbias, salsas e merngues nas praças, e particiopamos de um movimento de torcedores do Colo Colo. Xandinho alporava na salsa a la Silvio Santos vem aí, e quando foi tocada a salsa em homenagem a Maradona que o refrao era "Maradón! Maradón!", nós dois presepavamos, mandando "Pelézon! Pelezón".
Aproximando mais da praça principal começamos a ver a realidade do local. As pessoas nos disseram que o povo que passava a virada de Valparaiso ficavam "borrachos" pelas ruas. para nós, bons belorizontinos, nao passava de uns bebados, como na Piumì em dias de Copa do Mundo.
O cenário era realmente assustador, nós, sóbrios, conseguiamos perceber que, sem exagero, 92% da populaçao esta bebada, caindo de bebada, bebendo mais e oferecendo bebidas a todos. Era gente caindo, gente dançando alopradamente, gente suja de vinho, gente já na fossa, chorando de bebum, isso tudo com bem menos confusao que nos axés e similares do Brasil. E olha que até tocou a "Dança da maozinha", em portugues mesmo, na praça.
Mas era impressionante, conseguimos uma distraçao até a hora do ônibus, encostar e ver bebados engraçados pelas ruas, nos lembrando, em vários momentos, nosso velho e saudoso amigo Fedido.
Em Valpo, os sinais de transito para pedestres tem aquele diminuidores de ansiedade, que sao reloginhos que fazer a contagem regressiva para quando vao abrir.A bebida era tanta, que cerca de 30 pessoas estavam paradas no meio da rua, e, ja com saudades da virada, faziam uma contagem regressiva em voz alta todas as vezes que o relogio ia até o zero, e comemoravam como se 2009, 2010, já tivessem chegado. Óbvio que eu e o Xandinho entramos na onda.
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Estamos em La Serena, 475km ao norte de Santiago, passando um dia de descanso para seguirmos a San Pedro de Atacama mais a noite, chegamos la pela manha.
Cidade tranquila, com um por do sol bem bonito e o mesmo da praia.
Seguimos aqui, curtindo esse país alto, magro que é o Chile, país que coloca Palta, um molho feito de abacate em todos hamburgers e cachorros quentes existentes.
Feliz dos mil e ocho para todos!
Meio na loucura, seguimos para rodoviaria, compramos nossas passagens para La Serena no dia 1 pela manha, e a ida e a volta para Valparaiso. Ida as 15h40 do dia 31, e volta as 6h55 do dia 1, 2 horas de viagem cada trajeto.
Chegamos em Valpo (sim, já estamos íntimos do local), e começamos o caos de Año Nuevo. Fomos comer alguma coisa, uma pizza de marisco, 20min para um garçon atender, 30min para chegar o refrigerante quente, mais 25min para trzerem gelo, mais 20min chega a Pizza, comemos em 5min, e mais 45min para pagar a conta. Quase demos o tomé mesmo, e saimos sem pagar, mas o risco de passar a virada com os carabiñeros de Pincochet nos controlou socialmente.
Agora, controle social é o que nao existe em Valparaiso no reveillon.
Demos uma volta na cidade, vermos onde dava pra tomar uma, se era melhor ver os fogos na praia ou nos morros, tomamos uma Paceña (cerveja boliviana, uma merda) e optamos pela praia.
Ligamos para as nossas respectivas pessoas queridas e seguimos a Plaza Sotomayor, onde clipes anos 80 animavam a galera, que começava a cajubrinar. Eu e o xandinho começamos também, depois da Paceña, um chopp Cristal, uma Escudo, e finalmente uma Brahma de 1 litro, tomada as 23h (horário de Santiago) e a 0h (horário de Brasília) para comemorarmos o reveillon brasileiro. Contamos de 10 a 0, abrimos a Brahma, mandamos pensamentos positivos e fomos esperar nosso reveillon. Achamos umas cbines telefonias internacionais e tivemos a briulhante ideia de ligar para as respectivas patroas do passado! Sim! Ligamos de 2007, pra Renatinha e pra Natalia que já estavam pelos 35 minutos de 2008! Eita relatividade...
Bom, o que menos importa é o momento dos fogos, que foi bonitao, a la Copacabana.
Importa é que dpois da mistura de cervejas eu parei de beber, Xandoca também. Tava meio cheio de gás, a la terceiro ano, mas enfim, depois de uma hora sentado,descansando voltamos aos lugares da bombancia. Nosso grauzinho alcólico deu para dançarmos cumbias, salsas e merngues nas praças, e particiopamos de um movimento de torcedores do Colo Colo. Xandinho alporava na salsa a la Silvio Santos vem aí, e quando foi tocada a salsa em homenagem a Maradona que o refrao era "Maradón! Maradón!", nós dois presepavamos, mandando "Pelézon! Pelezón".
Aproximando mais da praça principal começamos a ver a realidade do local. As pessoas nos disseram que o povo que passava a virada de Valparaiso ficavam "borrachos" pelas ruas. para nós, bons belorizontinos, nao passava de uns bebados, como na Piumì em dias de Copa do Mundo.
O cenário era realmente assustador, nós, sóbrios, conseguiamos perceber que, sem exagero, 92% da populaçao esta bebada, caindo de bebada, bebendo mais e oferecendo bebidas a todos. Era gente caindo, gente dançando alopradamente, gente suja de vinho, gente já na fossa, chorando de bebum, isso tudo com bem menos confusao que nos axés e similares do Brasil. E olha que até tocou a "Dança da maozinha", em portugues mesmo, na praça.
Mas era impressionante, conseguimos uma distraçao até a hora do ônibus, encostar e ver bebados engraçados pelas ruas, nos lembrando, em vários momentos, nosso velho e saudoso amigo Fedido.
Em Valpo, os sinais de transito para pedestres tem aquele diminuidores de ansiedade, que sao reloginhos que fazer a contagem regressiva para quando vao abrir.A bebida era tanta, que cerca de 30 pessoas estavam paradas no meio da rua, e, ja com saudades da virada, faziam uma contagem regressiva em voz alta todas as vezes que o relogio ia até o zero, e comemoravam como se 2009, 2010, já tivessem chegado. Óbvio que eu e o Xandinho entramos na onda.
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Estamos em La Serena, 475km ao norte de Santiago, passando um dia de descanso para seguirmos a San Pedro de Atacama mais a noite, chegamos la pela manha.
Cidade tranquila, com um por do sol bem bonito e o mesmo da praia.
Seguimos aqui, curtindo esse país alto, magro que é o Chile, país que coloca Palta, um molho feito de abacate em todos hamburgers e cachorros quentes existentes.
Feliz dos mil e ocho para todos!
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domingo, 30 de dezembro de 2007
Registros Mendocinos
Nesse domingao meio paradao aqui de Santiago resolvi gastar um tempo e postar umas fotos pra voces. Sao fotos de Mendoza, onde ficamos do dia 23 ao 27.
Mandando um Super Pancho com papas fritas em Mendoza
Ceia de Natal no Albergue Wincas, em Mendoza, tomando vinho e comendo carneiro.
Tomando a primeira Andes, cerveja feita com a água do degelo da Cordilheira.
Tomando vinho e visitando Bodegas em Mendoza.
Bom, é meio chato fazer isso, entao, se der, eu passo aqui e posto de Valparaiso e Vina del Mar depois. Comentem!
Mandando um Super Pancho com papas fritas em Mendoza
Ceia de Natal no Albergue Wincas, em Mendoza, tomando vinho e comendo carneiro.
Tomando a primeira Andes, cerveja feita com a água do degelo da Cordilheira.
Tomando vinho e visitando Bodegas em Mendoza.
Bom, é meio chato fazer isso, entao, se der, eu passo aqui e posto de Valparaiso e Vina del Mar depois. Comentem!
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