sábado, 19 de janeiro de 2008

Inspiracao da madrugada


Noite passada eu e o Xandinho, seguindo na onda da galera, fomos a uma boate. Nem 30 segundos dento do recinto ja escutamos, em alto e bom som de boate, Jorge Ben Jor cantarolando a empresas de publicidade e futuramente chamando o sindico do Brasil pra tirar aquela escada dali, em alta e boa voz, chamamos o sindico:

_ Tim Maia! Tim Maia! Tim Maia!

E assim successivas vezes. E a emplogacao que nao costuma ser muita com boates foi la em cima. Pena que a musica seguinte foi a "Danca da maozinha", em um bom e belo portugues.

Independentemente do Terra Samaba, fato e que acrescento a musica brasileira na minha listinha de saudades. Tenho meu MP4 aqui com Caetano, Gal, Gil e Bethania, somados ao sindico do Brasil e ao Tom Ze. Mas sao sempre as mesmas, ja conhecidas musicas que eu gosto. Mas eu to com saudade e de escutar, cantar a musica ali, na espontaniedade. Saudade do Pig e da minha querida mae tocando violao com aqueles arranjos novos e gostosos que a tal da musicalidade brasileira oferece.

Ai, somado a ontem e uma musica que eu li esses dias, decidi pela primeira vez nesse blog, tirar o poder da escrita a mim e tranferi la para Caetano Veloso:

"Nana cantando "Nesse mesmo lugar"
Tim Maia cantando "Arrastão"
Bethânia cantando "A primeira manhã"
Djavan cantando "Drão"
Chico cantando "Exaltação à Mangueira"
Paulinho, "Sonho de um Carnaval"
Gal cantando "Candeias"
E Elis "Como nossos pais"
Elba cantando "De volta pra o aconchego"
Gilberto cantando "Sobre todas as coisas"
Milton, "O Que será?"
Bosco, "Rio de Janeiro"
E Dalva, "Poeira do chão"
Melhor do que isso só mesmo o silêncio
E melhor do que o silêncio só João."

A proposito estamos muito bem por aqui em Cusco. Divertindo, a cidade e boa, e depois de 2 dias conhecendo a, partimos para conhecer as ruinas incas. Terminamos daqui a 3 dias la no Machu Piichu. Aproveitando a deixa, que tudo saia como o som de Tim Maia


sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

No frio de Copacabana

Ja me encontro em Cuzco, Peru. Cidade maravilhosa pelo pouco que vimos, toda historica, toda mistica e perto de Matiu Pitiu, onde devemos ir no Domingo ou na Segunda.
Mas ainda tenho poucas coisas para escrever sobre aqui, por isso, fico na cidade anterior, Copacabana.
Sim, relembra o bairro em que mais fui feliz nessa vida, desde crianca com o Vo Machado, ate a vida pseudo adulta, com farras de Carnaval. Em vez de mar, a Copacabana boliviana e banhada de cabo a rabo pelo Lago Titicaca, o lago mais alto do mundo, que se fede um pouco perto de Copacabana, proporciona paisagens maravilhosas quando se navega pro suas ilhas.
Depois do cansaco e a gripe que sempre chegou no quase a nos atacar, decidimos, pela primeira vez na viagem, descansar. Aproveitamos a lei do "quem converte de diverte" e, por 10 reais para cada um alugamos um quarto privado, uma cama de casal e uma de solteiro, banheiro privado e so para nos, e ainda um TV a cabo qeu nos brindava com canais bolivianos, Fox Sports, e HBO. Foi o suficiente para um bom dia de descanso, passsamos o dia dormindo, comendo e vendo TV. No outro dia conhecemos a simpatica Copacabana, com sua Catedral monumental e essas coisas. De praxe, os bolivianos (moeda) acabaram em um certo momento e fomo procurar o cajero eletronico de Copacabana. Andamos e nada, perguntamos em surpresa: pela primeira vez estavamos em uma cidade que nao tinha esses caixas. E agora? Quem podera nos ajudar. Nao foi o Chapolin nao, futuramente foi a Renatinha. Mas antes, contamos o dinheiro que ainda tinhamos. Sim, dava pra ir ate Cuzco, mas nao dava para apssar uma noite na Ilha do Sol (ilha sensacional no meio do Titicaca) e comecamos a cogitar a ideia de abandona-la. Mas nao, quand eu iria voltar em Copacabana? Foi dando desespero e armando uma chuva, ao mesmo tempo.
Xandinho, a la Che Guevara em Diarios de Motocicleta, tira 40 dolares doados por sua namorada, e, gracas a Deus, nao era para comprar calcinhas nos Estados Unidos, e vai para o hotel escapar da chuva. Eu, tento ligar para o Brasil para saber quanto eu iria ter que pagar se tirasse dinheiro do cartao no credito, o que era permitido. Descubro, pra variar que os bancos iam me roubar e comeca a nevar cabulosamente, e eu ali, preso, com 40 dolares, numa cabine telefonica. Resolvo andar (depois da neve), faco uma chola fazer descontos em uma casa de cambio, pelos 40 dolares consegui 300 bolivianos, ainda insuficiente, e descubro o unico restaurante de Copacabana a aceitar visa, a janta estava garantida. Volto ao albergue e o Xandinho, apos fucar as malas, acha 22 reais, e 25 pesos argentinos. Volto na casa de cambio e consigo mais 130 bolivianos. Pelas contas, e contando a janta no restaurante do Visa, dava. Fomos para nossa ultima refeicao em Copacabana, em um hotel dos mais chiques, que por isso, aceitava o cartao magico. Era daqueles restaurantes que se come pouco e paga muito, bem chique mesmo, com buffet de saladas e vista para o lago. Pratos bem montados, para mim filet mignon e para o Xandinho uma truta muito bem preparada. Os franceses, e ricos no hotel nos olhavam pensando que que esses dois classe C tao fazedo aqui.
No espirito, nos esbaldamos no buffet de saladas que era a vontade.
8h30 da manha e o barco da Titicaca Tours no levava ate a ilha, superlotado, gerando protestos e tudo mais, eu tava e feliz. Chegando na Ilha, nao sabiamos que pagavamos 10 bolivianos para ver as ruinas, mas pagamos. 20 a menos na conta. La um guia apareceu do nada e fazia questao que todos ao redor ouvisse as explicacoes meio bebadas dele. A ultima atracao era um labirinto Inca, e o guia, ao terminar a explicacao pediu 5 bolivianos por pessoa de contribuicao, olhamos um para o outro, e vazamos, nos escondendo e embrenhando no meio do labirinto sem pagar ouvindo os gritos do guia:
_ No sejan mal amiiiiigooos!
Ceerto.
Ao chegar na aprte mais habitada da ilha, fomos procurar hospedagem barata e comprar a apassagem de volta para o outro dia, 10 da manha e descobrimos que a volta e 100% mais cara que a ida. Que bueno. Trocamos ideia com o motorista do barco, e acertamso, que, se fossemos no proximo barco, pagariamos 50% do valor, que obviamente iriam para o bolso dele, ja que eles no mandou ficar em silencio. Assim que aportamos em terra firme conseguimos mais 20 bolivianos de desconto na passagem para Cusco, e fomos atingidos por duas bolivianinhas com baloes de agua. Choramos desconto no hotel, e conseguimos um quarto bom.
Cheguei a classe Z esse dia, pechinchando, e sendo pobre na Bolivia.

Mas ja em Puno, sacamos dinheiro e somos da Classe C de novo, na cidade imperial de Cusco.
Aguardem noticias.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Fim do primeiro tempo

Fim da primeira metade da viagem. Mas sem 15 minutos de descanso, Hoje, vigesimos sexto dia de viagem, aguardamos agora pelos outros 26 ate dia 9 de fevereiro. Nao da pra acreditar que ainda temos metade das coisas pra viver.

Esses 3 dias em La Paz foram demasiadamente agradaveis. Atividades mil, da qual relato trres agora no Picante, pero saboroso.

Como o titulo do post remete ao futebol, comecamos por ele. Ontem, o nosso albergue organizou uma pelada, e nos, bons brasileiros, nos inscrevemos assim que o evernto foi noticiado. Inicialmente a partida era entre America do Sul (Argentina, Brasil, Chile e Peru) x Europa (Reino Unido e Franca). Chegando no local que o albergue escolheu, associacao deportiva de obreros de La Paz, tivemos que ir para uma quadra, coberta, e assim se formaram tres times de 5 ou 6. O nosso time era formado pelo Staff do albergue (um argentino, um peruano e e um chilenos) e mais tres brasileiros. As outras equipes eram a europeia e a argentina.
Comecou e em menos de 5 minutos voce na aguenta mais nada! Jogar na altitude nao e de Desu tambem nao, voce da um pique e nao aguenta voltar, ou fica na defesa e nao sobe pro ataque, ou fica no ataque e nao sobe pra marcar. Isso tudo proque eu joguei na quadra e so uns 30 minutos, e olha que quando eu cansava eu pedia pra ir pro gol. Depois que voce para, e bem estranho, tudo que voce quer e agua, seu corpo ta gelado de frio, mas voce sua e seu peito doi, mais do que nunca seu peito doi demais. Nao sei bem o porque, mas os labios e a regiao do bigode comeca a formigar demais, e bem estranho e mais estranho ainda quando voce ve que so nao ta sentindo a dor nas pernas porque a do peito esta maior. Jogamos varias partidas, todos ganharam, todos perderam, mas todos, independentemente da nacionalidade, perderam para a tal altitude. Perdemos mais jogos, principalmente porque confirmamos que peruanos e chilenos nao jogam nada. Em compensacao, o melhor do dia foi um escoces.

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Outra passagem interessante de La Paz foi gastronomica. Depois de dias vivendo vida de Classe A para nao encarar a nao muito higienica culinaria popular boliviana resolvemos nos enfiar na cultura fast-foodiana boliviana. Ate entao tinhamos comido no americanissimo Burger King, com preco bem bolivianos. Bom, a rede que faz mais sucesso no fast food da Bolivia chama Pollos Copacabana. Como o nome indica vende frango, e na minha cabeca era como o americano KFC, e la, realizaria o sonho do Tulioca de comer um balde de frango frito. Entramos para o almoco, e resolvemso pedir um prato comum, digamos, o Big Mac de la, que parecia o Combo Fiesta. Quando recebo o prato percebo a bizarrice de fast food que eu me enfiava: um refrigerante, um saquinho de batatas, e depois as bizarrices, enfiadas em um bandeija a la Bandeijao, altas bananas fritas picadas, e os frangos, dois pedacos, com muita gordura, empanados, uma coxinha e um nao identificavel, e a gordura pulava a cada mordida. O molho era meio bizarro tambem, nao tinha ketchup e mostarda, e sim um sache com a mistura dos dois. Pratico pra Amanda Horta, mas horrivel pra mim.
Agora se e para elogiar alguma comida daqui e a carne de lhama que e deliciosa. Hoje, apos a visitas as ruinas de Tiwanaku, um povo mais antigo que os conhecidos incas, cujo as ruinas foram descobertas recentemente, comemos uma carne de Lhama acompanhados por um refrigerante, Simba, de maca verde! Sim, refrigerante bem verde, de maca verde, e o mais incrivel, pertence a Coca Cola!
Coisas da Bolivia.

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Um ultimo registro, agora economico. Como a Bolivia e barata, e inimaginavelmente barata. Exponho algumas situacoes:
Quer se refrescar? A coca cola de garrafa aqui e um pouquinho menor que a nossa, cerca de 190ml so. Mas custa 1 boliviano, o que representa mais ou menos R$ 0,25.
Nosso primeiro cafe da manha na Bolivia foi em um restaurante. Eu comi um panqueca gigante, 2 sucos de morango com leite, o Xandinho tomou um mate de coca, altos paes, manteiga e geleia. A conta de R$8, 4 reais pra cada um.
Fomos jantar em um lugar da elite boliviana, uma churrascaria que tinha padres e gente rica, bonita, lugar aberto. Nao estavamos com muita fome, pedimos um prato so para nos dois, mas em compensacao tomamos 4 cervejas Huari, ja eleita por mim a melhor da Bolivia. Total da conta 65bs, mais ou menos 16 reais, 8 pra cada um.
Aproveiteu La Paz pra fazer compras para mim ( nao vou falar dos presentes para nao estragar surpresas): Uma camiseta da Inca Cola, uma camiseta do Evo Morales, um casacao de la muito bonito e muito bom, 50 saquinhos de cha de coca (vou levar pro Brasil quem quiser eh so pedir). Total das compras: R$29. Impressionante.
Aqui, como em todo mundo, Barcelona, Real Madrid, Milan e esses times europeus fazem sucesso e vendem camisas. Uma camisa oficial, que custa de 150 a 200 reais no Brasil vale aqui cerca de 35 reais, ou 100bs. Eu nao poderia deixar de comprar uma, mas nao desses times de ricos. Na classe C, adquiri a camisa da fraquinha selecao boliviana. 35 reais, no site sofutebolbrasil.com custa R$250.
Ao contrario da Europa, na Bolivia, quem converte, se diverte.

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Amanha saimos para nosso ultimo destino boliviano: Copacabana, cidade nas margens do Lago mais alto do mundo o Titikaka.
E que comece o segundo tempo, mas vamos ganahr de uma vez que eu nao to afim de prorrogacao nao, ainda mais na altitude.