Copacabana, 17h, dia claro e bonito. Tomei um banho e sai de camisa do Fogão para tirar dinheiro, precisava achar a Rua Belfort Roxo. Meio perdido, paro na rua e decido perguntar, uma senhora, baixinha, pernas curtas, cara de trabalhadora se aproxima e eu solto a indagação:
- Licença. Onde é a Rua Belfort Roxo?
Eis que a senhora se agarra a sua bolsa, olha para o fundo dos meus olhos e apressa os passos sem me dar uma resposta. O que será? Será esse projeto de barba mal feita que me da cara de marginal? Será a camisa do Botafogo? O fenômeno Tropa de Elite? Não parei pra pensar e já imendei a mesma pergunta para um segurança de uma loja que me falou para seguir a mesma direção que a senhora tinha seguido. Apressei o passo pela pressa, e como minhas pernas não são tão curtas quanto as da senhora acabei avistando-a. E ela deu uma olhadela para trás e apressou mais ainda o passo. Mais uma olhadela, cara de pavor. Seguia minha caminhada normal sem entender aquilo e cheguei a uns 4 metros de distância dela quando ela agarrou-se na bolsa e entrou em uma farmácia me olhando com pavor. Das duas uma, ou a Rua Belfort Roxo é um código criminal, ou eu pareço um ex-desafeto dela. Mas como das duas, é sempre a terceira, chego a conclusão que esses seres humanos tão se perdendo demais no medo deles próprios. Magoei.
Depois dessa chega de Rio de Janeiro por aqui. Volto a atenção para a América. Faltando quarenta e dois dias.
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2 comentários:
thalesche,
eu não sabia que você escrevia tão bem.
vc dá p'rum bom escritor!
muito bom o Blog...
vamu tomá umas (como se eu bebesse)
ramon
www.mundodoeusozinho.blogspot.com
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